Do hebreu Peseach, Páscoa significa ressurreição, vida nova, simboliza também a passagem da escravidão para a liberdade.

Festejada no primeiro domingo depois da primeira lua cheia do outono (no Hemisfério Sul), a partir dela todas as outras datas do calendário cristão são determinadas.

Os antigos hebreus foram os primeiros a comemorar a Páscoa. Em termos históricos, ela celebra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito e a passagem através do mar Vermelho. É com o sentido de libertação que, até hoje, os judeus celebram essa festa por oito dias.

Os símbolos da Páscoa

O coelho: O coelho era símbolo de fertilidade no antigo Egito. Por ser um animal que se reproduz rapidamente e pode gerar grandes ninhadas, representa a fecundidade e a reprodução constante da vida. Para a Igreja, simboliza a capacidade de produzir constantemente novos discípulos. O coelho como símbolo da Páscoa chegou ao Brasil pelos imigrantes alemães.

O ovo: Também simboliza o nascimento, a vida que retorna. O costume de presentear as pessoas na época da Páscoa com ovos ornamentados e coloridos começou na Antiguidade. Os egípcios e persas costumavam tingir ovos com as cores primaveris e os davam a seus amigos. A partir do século 18, a Igreja adotou o ovo oficialmente como símbolo da Páscoa.

O círio pascal: É uma grande vela que se acende na Aleluia. Nela estão inscritas as letras gregas alfa e ômega, simbolizando que Cristo é o princípio, o fim e, ao mesmo tempo, luz.

O cordeiro: Símbolo pascal na Europa Central e Oriental. Simboliza Jesus, que foi o cordeiro de Deus e se sacrificou em favor do seu rebanho.

A cruz da ressurreição: Símbolo da religião cristã, traduz sofrimento e ressurreição, pois Jesus foi crucificado, mas voltou à vida.

Pão e vinho: Representam, respectivamente, o corpo e o sangue de Cristo. São dados aos seus discípulos para celebrar a vida eterna.

Colomba ou pomba de Páscoa: Em formato da pomba da paz, simboliza a vinda do Espírito Santo. Segundo a Bíblia, quando João Batista estava batizando Jesus, o Espírito Santo apareceu na forma de uma pomba.

A Páscoa no mundo

Estados Unidos: As crianças brincam de “caça ao ovo”. Os ovos cozidos, decorados com tintas, são escondidos pelos pais no quintal ou pela casa para ser descobertos pelas crianças na manhã de Páscoa. Em algumas cidades, a brincadeira é um evento da comunidade, feita em praça pública.

Bélgica e França: Os sinos das igrejas não tocam entre a Sexta-feira da Paixão e o Domingo de Páscoa. Uma lenda local diz que os sinos voam para Roma e, quando voltam, deixam cair ovos para todos encontrarem. As crianças belgas fazem ninhos de palha para que o coelho os encha de ovos.

Bulgária: Ovos cozidos são coloridos após a missa na Quinta-feira Santa e são feitos pães pascais, os kolache ou kozunak. Um pão, decorado com número ímpar de ovos vermelhos, é levado à igreja na madrugada de sábado para ser abençoado e, depois, presenteado à família. A brincadeira é a seguinte: cada pessoa da família pega um ovo e todos começam a batê-los uns contra os outros. Quem ficar com o ovo inteiro terá um ano de sorte.

Suécia: Semelhante ao Halloween americano, na Quinta-feira Santa ou na véspera da Páscoa as crianças suecas vestem-se de bruxos, visitam seus vizinhos e deixam um cartão decorado para conseguir doce ou dinheiro.

Índia: De religião hindu, a população promove o festival Holi para lembrar como o deus Krishna apareceu. Durante o festejo, as pessoas dançam, tocam flautas e fazem comidas especiais para receber os amigos. O dono da casa costuma marcar a testa de seus convidados com pó colorido.

China: Durante os festejos do Ching-Ming, as pessoas visitam os túmulos de seus ancestrais e fazem oferendas, como refeições e doces, para deixá-los satisfeitos com seus descendentes.

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