Escravidão em pleno século XXI
A exploração do trabalho forçado gera anualmente lucros de U$S 31,6 bilhões em todo o mundo. No total, 12,3 milhões de pessoas são vítimas dessa atividade ilegal, sendo que entre 40% e 50% são crianças. Os números estão no relatório "Uma Aliança Global contra o Trabalho Escravo", divulgado hoje pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
De acordo com a OIT, o conceito de trabalho forçado engloba a exploração de mão-de-obra escrava. ¨O trabalho escravo se refere ao trabalho forçado encontrado nas áreas rurais brasileiras", explica a coordenadora do Programa de Combate ao Trabalho Escravo da OIT, Patrícia Audi.
Uma das principais conclusões da OIT é que, do total de pessoas vítimas do trabalho forçado, 9,8 milhões são exploradas por agentes privados e 2,5 milhões são forçadas a trabalhar pelo Estado ou por grupos rebeldes militares. O relatório mostra que essa forma de exploração ilegal de trabalhadores, caracterizada pelo cerceamento da liberdade, ainda é um crime pouco punido em todo o mundo.
A incidência de trabalho forçado é maior na Ásia e Pacífico, onde se encontram cerca de 9,5 milhões de trabalhadores nessas condições. Em seguida, estão América Latina e Caribe (1,32 milhão), África Sub-saariana, Europa Ocidental e Estados Unidos (360 mil), Oriente Médio e Norte da África (260 mil) e países do Leste Europeu (210 mil).
Os Estados Unidos e os países da Europa são responsáveis por U$S 15,5 bilhões dos lucros obtidos anualmente com o trabalho forçado, quase metade da quantia gerada mundialmente. Só nesses países, encontram-se 270 mil trabalhadores forçados que foram traficados.
Outra conclusão do relatório é que, em todo o mundo, 43% dos trabalhadores traficados são usados para exploração sexual comercial forçada, enquanto 32% das vítimas são usadas para exploração econômica forçada. O restante ou é usado para uma combinação dos dois tipos de exploração ou para razões indeterminadas.
O ser humano realmente é o rei dos ¨animais¨...
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