Quase Nada Sobre Quase Tudo

quarta-feira, agosto 23, 2006

Os cientistas Robert Kaplan e Richard Kronick, da Universidade da Califórnia (EUA), analisaram estatísticas de mortalidade e dados sobre a qualidade de vida de 67 mil pessoas, entre casadas, viúvas, separadas, as que tinham parceiros sem ser uma relação formal e as que nunca trocaram alianças com alguém.
O resultado é que os solteiros convictos estão 58% mais ameaçados de morte em comparação aos demais. Trabalhos anteriores já tinham demonstrado que, quando a união é equilibrada e feliz, a estabilidade influencia positivamente a saúde e o bem-estar do casal. Mas muitas pesquisas eram amostras pequenas da população. Kaplan e Kronick decidiram ir mais a fundo na questão. Cruzaram os dados da pesquisa nacional de saúde americana feita em 1989 com a taxa de mortalidade de 1997 observada no mesmo grupo. Eles verificaram que o pior risco de morte estava entre os indivíduos que nunca se casaram, seguido dos viúvos (39% mais chances de morrer do que os casados) e separados (27%).
Em relação aos homens, dos 19 aos 44 anos, eles estão duas vezes mais propensos a morrer. Isso porque estão mais sujeitos a doenças infecciosas, morte por motivos externos (acidentes, por exemplo), por suicídios e homicídios. Já os que têm mais de 65 anos não apresentam diferenças significativas em relação aos casados. Ou seja, nesse caso o estado civil não interfere na probabilidade de o homem sucumbir a uma enfermidade, a mais provável causa de letalidade nessa fase.
Não foi isso que se notou entre as mulheres. As solteiras com idade superior a 65 têm maiores riscos de morte do que as que se casaram.
Seria razoável pensar que, afinal, os eternos solteiros têm liberdade para viver perigosamente. Os números, entretanto, não refletem isso. Quem não se casou apresenta uma ligeira tendência a permanecer mais magro do que os demais. Eles também se exercitam um pouco mais e bebem um pouco menos. O problema poderia ser a falta de bom acompanhamento médico. Dos grupos estudados, são os casados que contam mais com alguma assistência. Por tudo isso, os pesquisadores defendem que a solteirice convicta seja vista como um novo fator de risco.
Na interpretação de Kaplan e Kronick, a ameaça de morte que ronda os que jamais tiveram um parceiro chega a se rivalizar aos perigos da pressão alta ou do colesterol alterado. Talvez soe como exagero. Porém, um trabalho divulgado recentemente por epidemiologistas da Dinamarca reforça o aspecto protetor do casamento sobre a saúde. Segundo eles, mulheres com mais de 60 anos e homens com mais de 50 que vivem sós têm o dobro de chances de sofrer problemas cardíacos como angina e infarto. Após avaliar dados de 138 mil adultos entre 2000 e 2002, os médicos concluíram que a falta de convívio social dos solitários nesse período da vida não os predispõe a fazer visitas periódicas ao cardiologista. “Viver sozinho é um fator de risco que os médicos deveriam considerar”, declarou o pesquisador Kirsten Nielsen.

Há mais um estudo a sugerir que casar traz benefícios. Ao menos para pessoas que têm depressão. Ao analisar entrevistas de 3000 voluntários, entre eles não deprimidos, especialistas da Universidade de Ohio (EUA) se surpreenderam com o fato de os doentes reportarem mais efeitos psicológicos positivos com o matrimônio do que os indivíduos saudáveis. Eles descobriram que a união estável reduziu sintomas. Os pesquisadores acreditam que a intimidade e o suporte emocional ajudaram.
PS: Devem estar falando de casamentos bem sucedidos o que convenhamos não é o mais usual de se ver pela vida...
Fefis garante: casar só por casar não faz bem à saúde...NUNCA!

4 Comments:

  • At quarta-feira, agosto 23, 2006, Anonymous Anônimo said…

    Acho que os solitários morrem antes
    porque pintaram e bordaram mais.
    Morrem antes ,porém mais felizes.

     
  • At sexta-feira, agosto 25, 2006, Anonymous Anônimo said…

    ah sei lá... acho q primeiro a gente precisa ser feliz consigo mesmo, pra depois ser feliz com outra pessoa...
    e diálogo é tudo nessa vida...

     
  • At sábado, agosto 26, 2006, Anonymous Anônimo said…

    ou como diriam as véias: o importante é não subir no 1º trem que passa na estação achando que esse é o último!
    hehehe...

     
  • At sexta-feira, setembro 08, 2006, Anonymous Anônimo said…

    Não sei não ,se o trem estiver cheio de dolares e um cara bem lin
    do,teve minhas dúvidas.Hahahah

     

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