Hoje li "Na Praia", publicado originalmente no início do ano sob o título de On Chesil Beach, de Ian McEwan, autor muito bom mas que na minha opinião é bastante irregular. Desde que ouvi falar no enredo de "Na Praia", fiquei louca pra lê-lo.
A sinopse: "Inglaterra, 1962. As profundas mudanças na moral e no comportamento sexual que abalariam o mundo ao longo daquela década ainda estão em estado de gestação. Edward Mayhew e Florence Ponting, ambos virgens, se instalam num hotel na praia de Chesil, perto do Canal da Mancha, para celebrar sua noite de núpcias. Ele é um rapaz recém-formado em história, de origem provinciana, sua mãe tem problemas mentais e o pai é professor secundário. A noiva é uma violinista promissora, líder de seu próprio quarteto de cordas, filha de um industrial e de uma professora universitária de Oxford. O desajeitado encontro íntimo desses dois jovens ainda marcados pelos resquícios da repressiva moral vitoriana é repleto de lances cômicos e comoventes, configurando uma autêntica tragicomédia de erros. 'Na praia', entretanto, vai além disso. O drama dos recém-casados transcende o registro particular e o retrato de época para alcançar a dimensão de uma obra universal sobre o momento da perda da inocência, essa expulsão do paraíso que é um ponto de inflexão na vida de todo indivíduo. McEwan alterna os pontos de vista de Edward e Florence, radiografando seus pensamentos e motivações mais secretos. O sentimento trágico que fica no leitor vem da percepção dos estragos profundos e duradouros que um pequeno gesto, um único mal-entendido, uma palavra infeliz podem causar na vida dos personagens".
O livro é muito intenso, sensual sem nunca apelar e mostra como um detalhe ínfimo é capaz de alterar o curso de uma ou muitas vidas. No começo me fez lembrar um pouco de "La Mujer Justa" do Sandor Marai por mostrar os pontos de vista dos personagens centrais. Muito bom!
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