O mundo já sabe e pelo jeito não tem volta atrás: Cristina Fernández de Kirchner - a bipolar, segundo seus inimigos - é a nova presidente da Argentina (Que lástima, Charlie Brown...).

Aqui em San Juan é só perguntar " você votou na Cristina" pra receber como resposta algo assim como "eu não, jamais!" (ela teve a maioria dos votos em San Juan, acho que teve mais de 70% dos votos pra presidente, o que dá uma pintura da honestidade geral do povo...ou não?). E por trás são os que a chamam de Rainha sem uma pisca de ironia...

Por falar nisso, anos atrás, o casal Kirchner recebeu o rei Juan Carlos I e a rainha Sofia da Espanha. Um grupo de jornalistas gritou: “Rainha, por favor, algumas palavras para a imprensa!” Rapidamente, Cristina virou-se e perguntou: “Qual rainha? Qual das duas?”.

Também tem aqueles que a comparam com a Hillary Clinton. Calma, gente de Hillary ela só tem em comum: ter conhecido o marido na faculdade de direito e que esteve ao lado do marido nos mandatos de governador e presidente. Fora isso as duas se declaram "progressistas". Só que com Cristina insistindo na entrada da Venezuela no Mercosul acho que as diferenças começam a se aclarar. Cristina foi candidata à presidência enquanto seu marido ainda é presidente do tipo que empresta o avião presidencial e publicidade governamental- para a sua campanha. Segundo um boletim do Comitê de Protecção de Jornalistas de Nova York, nos últimos meses o governo argentino gastou u$s 51 millões em publicidade oficial, 63% mais do que no passado. E mesmo que Cristina tenha sido eleita senadora antes de que seu marido chegara à presidência, o ascenso da Rainha foi precedido por uma eleição primária onde ela foi escolhida a dedo.