Quase Nada Sobre Quase Tudo

quarta-feira, julho 26, 2006

Oh, céus! Li ¨O que eu amava¨ da Siri Hustvedt (depois eu soube que ela é a mulher do Paul Auster). Outro livro que me deixou triste pra caramba mas é ótimo. Não posso contar muito da estória porque se alguém aí quiser ler eu vou estragar tudo.
O resuminho de praxe:
Em 1975, o historiador da arte Leo Hertzberg visita uma galeria do SoHo, em Nova York, e sente-se atraído por um quadro de William Wechsler, pintor que até então desconhece. Fascinado pela obra, compra o quadro e vai atrás do artista. É o início de uma amizade duradoura. Leo e William vão morar no mesmo prédio, com as respectivas mulheres, e tornam-se pais na mesma época. No entanto, os anos de felicidade serão abalados - primeiro por uma tragédia, depois por um caso de dupla personalidade. Anos depois do primeiro encontro, Leo retraça o envolvimento afetivo com o amigo, e revê a história das duas famílias. Hustvedt aborda temas como amizade, amor, arte e loucura, conduzindo o leitor a regiões obscuras da existência, que podem, paradoxalmente, iluminar toda uma vida.
A primeira parte do romance apresenta o universo íntimo dos dois amigos e de suas famílias. Mas aí, na segunda parte quando a tragédia se abate sobre os personagens e o romance envereda por um sufocante relato de perda é que se percebe como as longas páginas anteriores serviram para atrelar sorrateiramente a simpatia do leitor ao destino das personagens. O efeito é dilacerante.

Na bibliografia (que eu li antes de começar o livro) já fui logo pensando ¨xi, lá vem¨, livros sobre anorexia nervosa, psicopatia social e afins.

PS: Obrigada mamãe pelo envio!
 


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