Depois de almoçar duas empanadas com coca light no restaurante de Ischigualasto (na foto acima) resolvemos subir os 1800 metros do Cerro Morado pra avistar côndores e ver o Parque de cima.
O Cerro Morado.
O circuito era a pé, é claro, e tinha como guia um dos guardas-parque de Ischigualasto.
O Cerro Morado.
O circuito era a pé, é claro, e tinha como guia um dos guardas-parque de Ischigualasto.
Antes de poder subir o Cerro Morado a gente teve que assinar um daqueles formulários dizendo que se responsabiliza por qualquer merda que acontecer, sabe?
Eu confesso que sempre minto nas respostas: digo que nunca tive convulsão nem que tenho sopro cardíaco, não que eu queira me fazer de legal mas o fato de ter sopro nunca me impediu de subir montanhas e eu jamais me senti mal. A única coisa que eu NUNCA minto é sobre a alergia a penicilina e dipirona.
Bom, subimos o cerro com outro casal e o nosso guia apesar de muito magrinho era muito ágil também. Não sei se devido à subida ou à altura, passando mais da metade do caminho eu tive uma bela taquicardia e falta de ar. Parei pra descansar e quando recuperei o ar, continuei subindo mais um trecho. Me senti mal de novo e resolvi não arriscar a subir mais.
Meu marido não quis me deixar sozinha e eu ameacei com divórcio se ele não continuasse a subir, afinal já tínhamos pagado o passeio e o guia. Depois de se assegurar de que eu estava bem e consciente, ele continuou subindo com os outros. Fiquei sentada numa pedra, admirando Ischigualasto do alto.
Em teoria entre subir e descer o Cerro Morado se demora 3 horas dependendo do estado físico. Como eu não viajo sem repelente de insetos e muito menos sem água na mochila e protetor solar, fiquei tranquila. A única coisa nessa hora que me deu medo foi dar de cara com um puma.
Não me apavoram nem as aranhas, nem os escorpiões e nem as cobras, eu sempre olho atenta onde estou.
Depois de recuperar o ar eu resolvi tomar um gole de água. Foi então que eu comecei a sentir umas náuseas horrorosas e sensação de desmaio. Pensei ¨ainda bem que eu não subi mais¨ mas eu não podia fazer outra coisa a não ser esperar pelo pessoal voltar. Depois de mais ou menos 1 hora e pouco, vi que umas pessoas começaram a subir o cerro, quando passaram por mim (também sem ar) eles me disseram ¨oi¨, muito simpáticos, binóculos pendurados no pescoço, vimos ao mesmo tempo um condor voando bem baixo.
Quando o resto do pessoal voltou eu já estava recuperada (será que eu me apunei?) e eles me contaram que não conseguiram ver nenhum condor lá de cima (antes eu tivesse ficado com a camera de fotos, hehe) e o guia me explicou que as pessoas simpáticas eram biólogos espanhóis que trabalham no parque.
Apesar de ter me sentido muito frustrada, eu não quis arriscar acampar em Ischigualasto como tínhamos planejado com medo de ter um treco de noite e não poder fazer nada estando nesse lugar.
Voltamos a San Agustín pra passar a noite num apart hotel (chamado Valles del Sol, bonito e 50 pesos por noite).
2 Comments:
At terça-feira, março 20, 2007, Anônimo said…
Logo vc que diz que o Marcelo já bate nos 40 está coroa ,viu que idade não é problema?Como sou velhinha eu estaria satisfeita fi-
cando no pé da montanha comendo
empadinha.Fer será que vc não fi-
cou remoendo teu acidente da Africa
Tb 1800 metros é muita altura,subir
sem preparo.
At quarta-feira, março 21, 2007, Anônimo said…
Que nada! Ja subi em lugares mais altos, só que eu acho que mais devagar...
Nao penso nunca no meu acidente da Africa, nao posso me limitar por causa do passado...só que nao tive mais coragem de subir em bicicleta nas montanhas!hehe
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