Quase Nada Sobre Quase Tudo

terça-feira, abril 24, 2007

Não sei se aí no Brasil passaram o filme ¨Paris, Je T´aime¨ mas aqui na Argentina as críticas dos jornais foram, em geral, muito boas. Aqui em San Juan eu só consegui assistir uma versão pirata em DVD (na mesma locadora que tem um monte de filmes piratas e responsável pela denúncia de filmes piratas em outra grande locadora local...).

Usualmente os filmes que são várias historinhas, vários atores e diretores sempre chamam a minha atenção (que nem ¨Short Cuts¨ do Altman, sabe?), e lá fui eu, de volta pra casa toda feliz - quase saltitante - com o filme prometedor, cheio de histórias, no lindo cenário que é Paris!

Nhé, leitores... que filme mais irregular! Várias histórias são um porre e não se salvou nem o episódio do Walter Salles.

Dos 18 episódios ou curtas eu gostei:

- Irmãos Coen: Steve Bucemi topando com uns parisienses birutas no metrô de Paris.
- Tom Tykwer: O diretor de ¨Corra Lola Corra¨dirigiu uma história legalzinha com Natalie Portman de protagonista.
- Gerard Depardieu: com os ótimos Genna Rowlands e Ben Gazzara.
- Oliver Schmitz: Uma história boa e bem triste sobre um músico de rua.
- Isabel Coixet: pra mim, o melhor curta de todos, uma história de amor comovente com os atores Sergio Castellito e Miranda Richardson. Um homem pensa em divorciar-se de sua mulher no mesmo momento em que ela descobre que sofre de uma doença terminal.

As que eu mais odiei foram:

- Vicenzo Natali: com Elijah Frodo Wood como protagonista de uma história idiota de vampiros.
- Nobuhiro Suwa: não salva o curta nem a Juliette Binoche ou o Willem Dafoe.
- O curta sobre dois mímicos é muito, MUITO IRRITANTE!

A piada mais surrealista que eu vi num filme nos últimos anos foi aquela contada no curta dirigido por Alexander Payne. A protagonista, uma madura e solitária mulher, viaja a Paris, e com seu frnacês capenga confunde tudo: nesse desvario ela se emociona no cemitério Père Lachaise diante do túmulo de Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir, a quem, por erro de pronunciação, confunde com Simón Bolívar: «Sartre e Bolívar se amaram tanto que hoje descansam juntos em paz».

Apesar da irregularidade do filme, não me arrependi de ter assistido porque os curtas bons compensam o resto.

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