Das últimas notícias que li na internet a que mais me chamou a atenção foi uma que, por sua vez, me fez lembrar do filme "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" do genial Michel Gondry.
Vamos grifar as partes da notícia que mais me impressionaram:
"Cientistas americanos e canadenses acreditam que descobriram uma forma de amortecer o impacto de memórias negativas no cérebro de uma pessoa. Para isso eles usaram um medicamento chamado propanolol.
Os cientistas injetaram o remédio - que é usado para tratar doenças do coração - enquanto foi pedido que o voluntário se lembrasse de algo doloroso ou em um evento traumático que aconteceu há dez anos. Uma semana depois os pesquisadores descobriram que aqueles que receberam uma injeção de propanolol mostraram menos sinais de estresse como aumento nos batimentos cardíacos quando se lembravam do trauma.
Os pesquisadores acreditam que as memórias são arquivadas no cérebro, inicialmente, em um estado mais flexível antes de se enraizarem no circuito do cérebro. Quando são lembradas, essas memórias ficam mais e podem ser alteradas. Os cientistas acreditam que o propanolol interrompe os caminhos bioquímicos que permitem que uma memória "endureça" depois de ter sido relembrada.
Em uma pesquisa separada, uma equipe da Universidade de Nova York afirmou que conseguiu apagar uma única memória do cérebro de ratos, deixando o resto das memórias intactas.
Monica Thompson, psicóloga clínica da Clínica de Estresse Traumático de Londres, destacou que problemas ligados ao estresse pós-traumático são mais complexos, com mais sintomas envolvidos e não apenas as memórias ruins.
O professor Chris Brewin, do University College de Londres, afirmou que a pesquisa ainda está em um estágio inicial e será necessário muito mais trabalho para demonstrar quais seriam os benefícios reais. "Não se sabe o efeito de um medicamento como este em longo prazo. E, no final, reações de medo estão lá para proteger as pessoas do perigo no futuro", disse".
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