Quase Nada Sobre Quase Tudo

segunda-feira, maio 29, 2006



Estou lendo ¨Asleep¨ (¨Sueño Profundo¨ em espanhol) da autora japonesa Banana Yoshimoto. Todos os livros que li dela me impressionaram (li 4 sem contar esse). Nas minhas férias em São Paulo li ¨Harboiled & Hard Luck¨ e fiquei vários dias pensando em como deve ser foda ter um ser querido em estado de coma (e mais ainda de uma hora pra outra). ¨Asleep¨ fala sobre transtornos relacionados com o sono.
São 3 relatos longos. No que dá título ao livro uma mulher, afetada pela morte de uma amiga, sofre de insônia durante a noite mas dorme como uma pedra todas as outras horas (é difícil de contar sem parecer idiota... deve ter mais de um aí pensando ¨talvez se ela não dormisse de dia conseguisse dormir à noite¨ ... rs). Ela sai com um cara e depois fica sabendo que a mulher do cara está em coma. Em outro relato (¨La noche y los viajeros de la noche¨), a irmã e as ex-amantes (uma delas sonâmbula) de um jovem morto recordam a sua imagem. Em ¨Una experiencia¨, uma garota é visitada nos sonhos por uma mulher que foi sua rival num relacionamento com um homem.
Tudo muito esquisito, melancólico como eu gosto...

Mundo Cão: assassinaram tenistas no Iraque

O treinador da equipe nacional de tênis do Iraque, Ahmed Rashid e os jogadores Nasser Ali Hatem e Wissam Adel Odah foram assassinados por uns birutas sunitas.
Motivo: por usarem shorts.
Testemunhas disseram que "o treinador e os jogadores foram detidos por um grupo armado, dois deles saíram de um carro e foram executados com um tiro, o terceiro foi assassinado dentro do carro¨.
Foram as únicas vítimas do fanatismo? Não.
No dia 17 de maio, 15 integrantes da equipe iraquiana de taekwondo foram sequestrados entre Falluja e Ramadi, 50 e 100 kms ao oeste de Bagdá, quando voltavam de Amman, capital da Jordânia. E no dia 25 de fevereiro um ex-campeão de luta, Jasseb Rahma, foi assassinado na frente da família em Basora, 545 kms ao sul da capital.

sábado, maio 27, 2006

Vaginas - Manual da Proprietária

Hoje de manhã terminei de ler o livro com o título deste post.
Escrito pela Dra Carol Livoti e sua filha Elizabeth Topp, o livro esclarece muita coisa: desde o que é ovário até quais são as doenças que podem atingir sua indefesa pombinha [rs].
A única desvantagem é que você percebe que a mulher depois dos 50 anos é mero produto da lei da gravidade (além de cair e secar tudo você está mais propensa a ter câncer de tudo que é tipo). O conselho mais importante é: cuide e use a sua perereca antes que ela vire um centro de tormentos.
Fora de brincadeira, todas as mulheres deveriam ler um livro como este. Eu comprei esse livro num sebo mas novinho custa uns R$30,00.

A hora do pesadelo

Minha mãe me disse que meu pai toma um treco pra cuca que faz ele ter pesadelos terríveis. Se anticoncepcionais não produzem pesadelos, então a razão pela qual meu pai tem pesadelos horrorosos deve ser genética: eu também tenho vários pesadelos horrendos na mesma noite. Relatarei a seguir 3 pesadelos que tive numa mesma noite durante esta semana.
Pesadelo 1 (acho que o pior de todos): Estava com meu marido caminhando pelas ruas de um país de 3º Mundo qualquer (talvez a China) quando de repente páro de caminhar bruscamente e olho pra cima de um edifício de uns 3 andares. Lá no alto eu via uma mulher chinesa amamentando um bebê e outra menina (chinesa também) de uns 5 anos de idade correndo pra lá e pra cá com uma vasilha cheia de água. De repente a menina tropeça na beira do edíficio. Eu exclamo de susto. Ela se levanta e sai rindo, a mãe dela a chama e ela deixa a vasilha de água, ela então vai até a outra ponta do edíficio, fica de costas, abre os braços e se joga de propósito. Ouço o terrível barulho do corpo se estatelando no chão, não quero olhar. O pesadelo acaba e eu me acordo me sentindo péssima.
Pesadelo 2 (quando consigo pegar no sono depois do pesadelo 1): Estou em São Paulo, voltando de algum lugar com minha amiga Ieda. Atravessamos a Av. Henrique Schaumann e ela me pergunta se eu não estou à fim de ir no Mc Donald´s. Respondo que não porque já está escuro e eu tenho medo de andar sozinha à noite. Ela então vai pra casa dela e eu volto pra minha. Quando chego na minha rua o bar que no mundo real fica na esquina, no sonho aparece bem no meio do quarteirão. Está um frio cabuloso, apresso o passo e apesar do frio me dá vontade de parar no bar pra comer um pão com linguiça e tomar uma cerveja. Tem várias pessoas sentadas nas mesinhas em plena calçada. Eu vejo que sai fumacinha da boca delas. Elas estão rindo e eu vejo algo que seria como um grande aquário de vidro cheio de cadáveres humanos podres (azuis e com todo luxo de detalhes) empilhados. Alguém faz um pedido, o carniceiro vai lá enfia a mão no meio das pernas de um dos cadáveres e faz um hamburguer. Fico com nojo, saio correndo horrorizada. Daí começa o pesadelo 3 : Estou correndo em direção ao edifício onde moram meus pais, aparece um muro de carne (de linguiça) que eu tento escalar rápido sem muito sucesso. Aí o Arnaldo Baptista grita pra Rita Lee ¨não deixa essa garota escapar!" e a Rita Lee vem no meu encalço e me puxa pela perna justo quando estou terminando de escalar o muro de carne. Fim do pesadelo.
Acordei exausta...

sexta-feira, maio 26, 2006


Can you hear them?/The helicopters?/I'm in New York/No need for words now/We sit in silence/You look me/In the eye directly/You met me/I think it's Wednesday/The evening/The mess we're in and/The city sun sets over me

Night and day/I dream of/Making-love/To you now baby/Love-making/On-screen/Impossible dream/And I have seen/The sunrise/Over the river/The freeway/Reminding/Of this mess we're in and/The city sun sets over me

What were you wanting?/I just want to say/Don't ever change now baby/And thank you/I don't think we will meet again/And you must leave now/Before the sunrise/Above skyscrapers/The sin and/This mess we're in and/The city sun sets over me
(¨This mess we're in¨ - PJ Harvey - do disco ¨Stories from the city, stories from the sea¨, mas não tem essa no dvd, falta grave...)

PJ Harvey On Tour – Please Leave Quietly


Geralmente eu não acho que a indústria argentina seja melhor que a brasileira mas dessa vez, com o lançamento do dvd da PJ Harvey, sou obrigada a tirar o chapéu para nuestros hermanos...

Comprei o dvd ¨Please Leave Quietly¨ na sexta à tarde e quarta de manhã estava assistindo o dito cujo no taco!
(A Dulce também curtiu mas depois
achei que ela ficou nervosa...).

O dvd são colagens de vários shows da PJ Harvey durante a turnê do disco ¨Uh Huh Her , ficou muito legal, muito bem feito. Tem umas coisas muito engraçadas entre uma música e outra e de extra uma entrevista de quase 30 minutos com ela.

Fiquei besta de vê-la ao vivo, sempre achei ela um Nick Cave de saia mas nunca imaginei que a postura e os gestos dela no palco fossem IGUAIS as do cavernícola...

Recomendo... MUITO!

Sim, pegou fogo!


(Nas fotos: O pessoal ontem se empolgou
nas oferendas à Difunta Correa e a parada
pegou fogo... )

Difunta Correa




Confesso que até hoje eu não captei direito qual é a da lenda da Difunta Correa, muito popular aqui na Argentina, sobretudo em San Juan. Mesmo assim sempre tive curiosidade de conhecer o lugar visitado por tantos peregrinos e ontem aproveitamos o feriado e lá estava eu, visitando a Difunta Correa (as fotos do post são de ontem mesmo, se estiver com cores e nitidez estranhas, é culpa do meu monitor que não tem tons vermelhos, ok?).Bom, a história da mulher que é considerada uma espécie de santa milagrosa é a seguinte:

No ano 1835 um homem de sobrenome Bustos foi recrutado por Facundo Quiroga e levado à força a La Rioja. Sua mulher, María Antonia Deolinda Correa, desesperada porque seu esposo ia doente, pegou seu filho e foi atrás das tropas em pleno deserto. Depois de caminhar como o cão e já à beira da morte, Deolinda caiu dura no topo de uma pequena montanha. Passaram uns peões por ali e viram uns animais meigos daquela espécie que é chegada numa carne putrefata, sabe? Quando eles chegaram já encontraram a mãe morta e a criança ainda com vida tomando leite nos peitos da mãe. Salvaram o menino e sepultaram Deolinda perto do Cemitério Vallecito, na encosta da Serra do Pie de Palo. Daí como o pessoal considerou um milagre dela a sobrevivência do filho começaram a visitar, prometer e pagar as promessas no túmulo da ¨Difunta Correa¨.

Na verdade é comovente ver que as pessoas deixem fotos de seus filhos recém nascidos, maquetes de casinhas, troféus, placas de caminhões (muitas, muitas, mas muitas mesmo!), tudo em agradecimento aos milagres da Difunta. Não acendi vela e nem fiz promessa, mas comprei um imã de geladeira, pedindo para ela proteger a minha família...

quarta-feira, maio 24, 2006

Dormir muito pouco à noite pode levar a um forte aumento de peso em mulheres de idade média

"As mulheres que dormem em média cinco horas ou menos por noite têm 35% mais riscos de sofrer um aumento importante de peso - no mínimo 15 quilos, em relação às que dormem sete horas, diz a pesquisa apresentada no congresso anual da American Thoracic Society, em San Diego, Califórnia".
Dormindo 8 horas... será que emagrece mais? Bom, falta menos de 1 década pra eu voltar a ser magra!

segunda-feira, maio 22, 2006

(Na foto: Carolinda e eu)

Para saber mais, visite: carolinanogueira.nafoto.net

O Código Da Vinci


Não li o livro e nem pretendo mas sexta-feira passada tava eu lá, à meia-noite e meia num cinema lotado, assistindo ¨O Código Da Vinci¨.
Fui meio mal humorada, achando que ia ser uma droga completa... mas não é tão ruim assim (longo demais pro meu gosto, dava pra economizar uma meia hora de coisas ridículas e perdeu a graça porque eu acabei adivinhando o que era o raio do Santo Graal). Obviamente que você vai ver um filme desses sabendo que se trata de ficção mas se tiver iluminações religiosas/históricas você é uma besta ignorante mesmo.
Não sei porque a Igreja Católica resolveu desaconselhar os fiéis a assisti-lo (a Igreja se dá muito bem no filme), quem deveria estar apertando o cilício são os membros do Opus Dei...

(Na foto: a última cena do filme)

quinta-feira, maio 18, 2006

"Deus há de me ajudar que o tempo passe depressa"

(Claudio Lembo, governador de São Paulo,
quem também espera ir logo para o
cemitério Araçá a pé)
As sirenes tocaram
As rádios avisaram
Que era pra correr
As pessoas assustadas
mal informadas
Puseram a fugir... sem saber porque

Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP

O jornal, a rádio, a televisão
Todos os meios de comunicação
Neles estavam estampados
O rosto de medo da população

Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP

Chamaram os bombeiros
Chamaram o exército
Chamaram a Polícia Militar
Todos armados
Até os dentes
Todos prontos para atirar
havia o que

Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP

Mas o que eles não sabiam
Aliás o que ninguém sabia
Era o que estava acontecendo
Ou que realmente acontecia

Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP

(¨Pânico em SP¨, música escrita em 1981, pelo Clemente, vocalista dos INOCENTES)

terça-feira, maio 16, 2006

Farinha do mesmo saco


Depois da hecatombe de ontem em São Paulo, como pode ser que o Sr Governador NEGOCIE com uma organização criminosa?
A resposta só pode ser porque estamos completamente indefesos e o governador não tem outra opção. Afinal não é qualquer organizaçãozinha que pára a maior cidade da América do Sul e ainda põe várias outras em estado de alerta, né? (Isso faz me lembrar do Alckmin se gabando que tinha desmantelado o PCC... Rir pra não chorar... Alckmin fez algum comentariozinho arrogante ou escondeu a bunda na moita?)
Sinceramente espero que na hora de votar todos se lembrem desses nomes. E vai ter até dois candidatos a deputado representando o PCC...

segunda-feira, maio 01, 2006

Estava lendo sobre a vida de Erzsébet ("Elizabeth") Báthory no livro "A Condessa Sanguinária" de Valentine Penrose. Do mal. Resuminho da vida da biografada:

Em 1560, George Bathory (de descendência Ecsed) e Anna Bathory (de descendência Somlyo) tiveram uma filha, Elizabeth, fruto de um casamento entre duas nobres, mas decadentes famílias húngaras.

Ao contrário de muitas mulheres da época, Elizabeth era excepcional, fluente em húngaro, latim e alemão quando a maior parte dos nobres húngaros nem sequer sabiam escrever.

Casou-se muito nova com o conde Ferencz Nadasdy, conhecido como "O Cavaleiro Negro" por suas proezas no campo de batalha lutando contra os turcos e quando voltava para casa, distraia-se torturando os prisioneiros. Ele próprio ensinou várias técnicas de tortura a Elizabeth. Uma das técnicas de tortura preferidas por Elizabeth era introduzir finas agulhas sob as unhas de suas servas, ou simplesmente, cravá-las em sua pele. Também diziam que se divertia dando chaves ou moedas aquecidas ao fogo para queimar as mãos dessas moças, ou as atirava nuas na neve para depois encharcá-las com água fria até morrerem congeladas.

Depois da morte de seu marido em 1604, iniciou obsessivamente certas práticas de bruxaria. Esta prática deu à Elizabeth liberdade e criatividade para desenvolver suas próprias perversões sexuais. Segundo registros da justiça de 1611, Elisabeth foi presa por atear fogo aos pêlos púbicos de uma de suas criadas.

A origem da história sobre sua utilização de sangue para fins cosméticos, começou num dia em que, depois de dar uma violenta bofetada numa criada que a estava penteando, esta começou a sangrar e seu sangue salpicou na mão da condessa. Convenceu-se de que a pele onde havia caído o sangue rejuvenesceu e, a partir daí, começou a tomar banhos de sangue humano para manter sua juventude e beleza eternamente.

Depois dessa macabra experiência cosmética começou uma orgia desenfreada de assassinatos que se prolongou por 10 anos, durante os quais seus criados saiam à caça de jovens virgens da região.Citam mais de 650 assassinatos durante esse período.

Chegou um momento em que guardar tal número de corpos vitimados pela condessa no castelo era um grande problema. Inicialmente a condessa queria que os corpos fossem deixados sob as camas, mas o cheiro era tão insuportável que alguns empregados tomaram a iniciativa de levar esses corpos para um campo nas imediações da cidade. E foi exatamente esse esparramo de corpos sem sangue que levaram as pessoas a acreditarem na existência de vampiros.

Madame Bathory era mais rica que o próprio rei Mathias II. Por causa disso, quando chegaram as notícias do que estava ocorrendo no castelo da condessa, o rei decidiu atuar de imediato. Ela foi presa e sua sentença foi lida : “Tu, Elizabeth, és como um animal... estás nos últimos meses da tua vida. Não mereces respirar o ar nesta terra, nem ver a luz do Senhor. Irás desaparecer deste mundo e nunca mais irás aparecer. As sombras irão encobrir-te e terás tempo para te arrependeres da tua brutal vida. Condeno-te, Senhora de Csejthe, a seres emparedada perpetuamente no teu próprio castelo”. Bathory cumpriu a sentença e morreu aos 54 anos.

Grande parte dos investigadores atribui os maus instintos da condessa à alguma degeneração genética, devidos aos casamentos consangüíneos de sua família. Elizabeth era muito propensa a ataques de epilepsia e, entre seus familiares havia numerosos antecedentes de práticas de magia negra e satanismo. Seu irmão Stephem e sua tia, ambos de marcada tendência homossexual, foram conhecidos libertinos, além disso, deve-se citar o caso de sua antepassada Kara Báthory que, além de praticar todo tipo de aberrações sexuais, envenenou seu próprio marido.

Inúmeros documentos demonstram a união entre a família Bathory e a família de Vlad Tepes, "O Conde Drácula". Stephem Bathory, encabeçou o movimento que devolveu à "Drácula" o trono em 1476, mas isso já é outra história...

Será que as drogas psiquiátricas da atualidade curariam tamanha doidera?

 


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