Quase Nada Sobre Quase Tudo

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Ontem assisti no cinema ao ar livre do IOPPS o filme israelense ¨A noiva síria¨.
A sinopse: Para Mona, a noiva, o dia do seu casamento é o mais triste da sua vida. Uma vez que ela cruze a fronteira entre Israel e Síria para se casar com o noivo, Tallel (famoso na tv mas que ela não conhece pessoalmente), ela não poderá voltar jamais com a família em Majdal Shams, um povoado druso que está sob controle de Israel no Golán. A história de Mona é a das fronteiras físicas, mentais, emocionais e o desejo de ultrapassá-las. Também é a história de uma família separada pela tradição, políticas e preconceitos. No Oriente Médio, uma vez que se cruza a fronteira, quase não há forma de regressar. No filme, depois de um longo e estressante dia, a noiva, sua família, governo, oficiais militares reunidos dos dois lados da fronteira encaram um futuro incerto.
Gostei muito do filme, recomendo!

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Ontem assisti esse filme (que em francês chama-se ¨Les enfants du siecle¨) , filme romântico de época que segue os turbulentos passos da escritora francesa George Sand (Juliette Binoche) e sua paixão pelo escritor Alfred de Musset (Benoit Magimel,olá muito prazer), com quem escandaliza os conservadores círculos literários da França no final do século XIX.
Nunca li Musset, será que ele era babaca que nem no filme?
Minha mãe ia gostar desse filme, eu gostei!

quarta-feira, janeiro 24, 2007

¨Cães Negros¨ de Ian McEwan é um livro que eu sempre ficava ameaçando ler. Li inteiro num só dia.
A sinopse: A queda do muro de Berlim, o fim do comunismo, a exacerbação dos conflitos étnicos na Europa deste fim de século reavivaram terríveis fantasmas e sentimentos primitivos do ódio e terror. A face histórica do mal, com a complexidade dos conflitos morais que o envolvem, é revelada neste livro, ao mesmo tempo um thriller surpreendente e uma terrível fábula. Ian McEwan usa a imagem da queda do muro que separava o mundo capitalista do comunista, como pano de fundo para uma história de amor mal resolvido. O que está em jogo é menos o casamento desfeito de June e Bernard e mais a dissociação, causada pela guerra, do espírito humano. Simbolicamente, June ficou com a face mística e Bernard, com a racionalista. Um casal que nunca mais conseguiu viver junto e nunca deixou de se amar. Velhos, ela à beira da morte, resolvem enfrentar os velhos fantasmas ao revelar a um quase estranho, suas próprias versões para o incidente que os separou.
Um bom livro.
Li ¨Ann Veronica¨ de H.G. Wells. O livro me chamou a atenção porque não se tratava de ficção científica (que eu gosto mas não me enlouquece).
O livro conta a história da jovem rebelde, Ann Veronica Stanley, impetuosa e independente, que decidiu exigir seus direitos como mulher. Obviamente que os homens não entendem sua maneira de pensar e muito menos o seu pai. Um dia ela abandona a casa paterna e foge pra Londres onde ela vai ter seus primeiros contatos com um mundo de novas idéias, cientistas, feministas, vegetarianos e partidários do amor livre. Então ela conhece Mr Capes que vai desafiar realmente o modo de ver a vida de Ann Veronica.
Publicado em 1909, Ann Veronica causou sensação. Sua mensagem de liberação sexual foi um escândalo nos jornais e nos púlpitos da sociedade eduardiana.
Graças a Deus hoje em dia parece um livro bobinho...
Ontem fui no cinema gratuito (de algo que se chama IOPPS) que montaram ao ar livre ver ¨Tartarugas Podem Voar¨, uma co-produção entre Irã/Iraque.
O filme tem como cenário a fronteira entre o Irã e a Turquia (que poderia ter sido filmado em San Juan que nem se notaria a diferença na paisagem!), pouco antes do ataque americano contra o país, onde os moradores locais buscam desesperadamente uma antena parabólica, na intenção de ter notícias via satélite.
Todas as crianças vivem em função de Satellite, o menino esperto que monta as antenas além de arrumar sustento para os órfãos curdos fazendo-os recolher minas americanas que ele posteriormente vende a um comerciante local.
Nesse povoado também vive Agrin, uma garota sempre está pensando em suicídio e cujo irmão, Hyenkov, perdeu os braços desarmando uma mina. Sempre com uma criança nas costas, que parece ser mais um irmão, Agrin perambula pela vila, atraindo a atenção de Satellite, que tenta, sem sucesso, a aproximação.
As crianças do campo não têm família nenhuma. Seus pais ou parentes foram assassinados por Saddam Hussein, ou então suas vidas foram marcadas para sempre pela devastação provocada pelo Exército Republicano. Em outras palavras, já estavam no inferno antes da chegada das tropas norte-americanas.
Um filme comovente.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Por falar em China, li ¨El Abanico de Seda¨ (¨Flor da Neve e o leque secreto¨, em português) de Lisa See.

O livro me chamou a atenção por tocar o tema nu-shu, um idioma secreto mantido durante milhares de anos entre mulheres e pelas horrendas descrições do processo macabro de vendagem dos pés femininos, tão comuns na China do século XIX.

A sinopse: Iletradas e isoladas do mundo, as chinesas se consideravam uma bela porcaria - ter uma filha mulher era pior do que ter um cachorro. Algumas, entretanto, falavam uma língua secreta entre si, conhecida como nu shu; a única escrita utilizada exclusivamente por mulheres que se tem notícia na história. Elas pintavam os caracteres nu shu em leques, bordavam-nos em lençóis, e usavam a 'escrita feminina' para compor canções e escrever histórias, saindo assim do isolamento para compartilharem seus sonhos e realizações. Em 'Flor da neve e o leque secreto' , somos levados por Lírio Branco numa viagem ao seu passado, o relacionamento com sua 'irmã gêmeal' - como as laotong costumam ser chamadas -, os casamentos arranjados e as alegrias e agruras da maternidade.

Com um detalhamento histórico e uma densidade emocional impressionante, Lisa See aborda um dos mais misteriosos relacionamentos - a amizade feminina. Um livro que me fez lembrar ¨Memórias de uma Gueixa¨ do Arthur Golden. Recomendo!
A agência de notícias estatal chinesa Xinhua informou que um ladrão devolveu os pertences roubados após ler mensagens comoventes recebidas pelo celular.

Uma história de arrependimento oriental, leiam:

¨Pan Aiying, uma professora da província de Shandong, no leste da China, teve sua bolsa com celular, cartões de banco e 4.900 iuans (US$ 630), roubada por um motociclista quando ia de bicicleta para casa. Ela pensou, em primeiro lugar, em chamar a polícia, mas decidiu tentar convencer o jovem ladrão a devolver a bolsa.

Então ela começou a mandar mensagens de texto. ´Eu sou Pan Aiying, professora da Wutou Middle School. Você deve estar passando por um momento difícil. Se esse é o caso, eu não vou te culpar´, escreveu em sua primeira mensagem, que não foi respondida.

´Fique com os 4.900 iuans se você realmente precisa deles, mas, por favor, devolva minhas outras coisas. Você é jovem ainda. Errar é humano. Corrigir seus erros é mais importante que qualquer coisa´, escreveu a professora.

Ela acabou perdendo esperança de ver seus pertences devolvidos depois de enviar a 21ª mensagem sem receber resposta. Mas no domingo ela acabou encontrando em seu quintal um pacote contendo a bolsa roubada com todos os seus pertences.

´Querida Pan: Eu sinto muito. Cometi um erro. Por favor me perdoe´, dizia uma mensagem deixada junto com o pacote. ´Você é tão compreensiva, mesmo apesar de eu ter roubado você. Eu vou corrigir meus atos e serei uma pessoa correta´, afirmou a pessoa que deixou o pacote no quintal da professora¨.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Você tem cabelão?
Pode começar a escolher um corte moderninho porque a moda agora é roubo de cabelo!
Não acredita? Leia você mesmo na Folha de São Paulo:
¨Mirna Marchetti, 22, estava sentada na poltrona de um ônibus da linha 928 (Marechal Hermes-Ramos) quando um homem segurou seus cabelos, como num rabo de cavalo, e cortou com uma tesoura afiada, perto do couro cabeludo. Ela tinha os cabelos longos, lisos e castanhos.
"Um puxou a bolsa e o outro cortou meu cabelo. Foi tudo muito rápido", disse ela.
O preço de 40 cm de cabelos varia de R$ 50 a R$ 300, dependendo da qualidade, segundo pessoas envolvidas na comercialização e que preferem não ser identificadas.
Foi o segundo caso do tipo em dois meses, conforme a polícia, que registrou o crime como roubo e lesão corporal¨.
Ontem assisti ¨All the king´s men¨ (no Brasil ¨A grande ilusão¨), um remake que me chamou a atenção pelo elenco e que terminou sendo uma das piores atuações do Sean Penn de todos os tempos!

Baseado no romance ganhador do Prêmio Pulitzer de 1946, do autor Robert Penn Warren, o filme (dirigido por Steven Zaillian que sinceramente eu não sei quem é) narra a ascensão do idealista Willie Stark (baseado na figura do governador Huey Long) ao poder na Louisiana, e da corrupção que finalmente o conduz à perdição.

Óbvio, longo e chato... vade retro!

Ontem à tarde estava lendo, horrorizada, um romance onde se narrava o processo de vendagem dos pés cuja prática era comum na antiga China. Os pés vendados eram chamados de pés de loto dourado por causa da semelhança entre o resultado da vendagem e a flor.
Pés assim deformados eram considerados a parte mais erótica do corpo da mulher. Mas para que os pés se transformassem em loto dourado eles deveriam medir somente 7cm e reunir as seguintes características: ser magros, pequenos, pontiagudos, arqueados, perfumados, suaves e simétricos.
Quem vendava os pés das meninas era a própria mãe que cortava as unhas dos pés antes de vendá-los. Geralmente, as meninas de entre 4 e 8 anos eram as melhores candidatas.O momento propício para a iniciação era revelado depois de uma consulta astrológica e no dia escolhido pastéis de arroz eram oferecidos aos deuses para que estes permitissem que os pés das suas filhas fossem tão suaves como os tais pastéis. Desde esse dia e por mais 6 meses –as vezes por vários anos!– a filha sentiría uma dor insuportável até que os ossos se quebrassem e o nervo morresse. Eu não vou descrever mais detalhes porque é tão terrível que eu tenho medo de perder meus leitores! Bom, continuando, com os pés vendados as meninas podiam caminhar, mas com passinhos minúsculos elas nunca podiam ir muito longe de casa, razão pela qual muitos consideram essa prática como sinônimo de opressão machista. Esta prática se manteve durante 1000 anos.

PS: 1 de cada 10 meninas, morria por causa dessa tortura chinesa (será que é daí que vem a origem do termo? tisk,tisk...)

Ora bolas!

Minha mãe contou a seguinte historinha:
¨Vi na tv uma reportagem sobre uma escola do interior onde estão oferecendo alcachofra pras crianças.O repórter perguntou pra um molequinho de 3 anos:
- Você gosta de alcachofra?
- Sim.
- É bom?
- Sim.
- Como se come?
- É fácil, come com culerinha

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Acabo de ler ¨Underground¨ de Haruki Murakami. O livro trata sobre o pior ataque terrorista na história do Japão que ocorreu em 1995, quando membros da seita Aum Shinrikyo ( algo assim como ¨A Verdade Suprema¨) liberaram um gás mortal no metrô de Tóquio durante a hora de maior movimento pela manhã, expondo cerca de 5.000 pessoas ao seus vapores mortíferos.

O gás sarin foi desenvolvido pelos nazistas nos anos 30, e é 20 vezes mais mortífero que o gás cianeto. A exposição prolongada pode levar a ataque, paralisia, coma, infarto e insuficiência respiratória. Como não tem gosto, cor nem cheiro, as pessoas só começaram a perceber que havia algo errado ao manifestar os sintomas, que incluem dificuldade para respirar, tremores e dificuldade de visão.

Os hospitais não estavam preparados para uma emergência dessa dimensão, e tinham pouca informação para atender adequadamente os pacientes, depois da causa ter sido identificada. Alguns passageiros arriscaram suas vidas ajudando as vítimas, e 135 membros das equipes médicas ficaram doentes por não usar equipamento de proteção adequado e os procedimentos corretos de descontaminação.

O resultado foi a morte de 12 pessoas e mais de 3.000 ficaram feridas, muitas das quais ainda sofrem com os efeitos colaterais, que incluem danos cerebrais, problemas respiratórios e depressão.
¨Underground: the Tokyo gas attack and the japanese psyche¨, é uma reportagem em torno às consequências do ataque para o povo japonês. Na primeira parte do livro, Murakami entrevista vários sobreviventes do ataque e na segunda parte ele ouve ex-membros da seita.

A seita Aum Shinrikyo assumiu a autoria do ataque e os terroristas envolvidos foram sentenciados à morte ou à prisão perpétua. O livro é uma excelente crônica do terror, um horripilante relato da fragilidade do ser humano.

PS: O enforcamento de Saddam Hussein, por mais filho da puta que tenha sido, nos tempos atuais deixou muita gente chocada (inclusive eu). E lendo ¨Underground¨ eu fiquei sabendo que no Japão também existe pena de morte pela forca. Shoko Asahara, o líder da seita também será enforcado. Pelo jeito no Oriente é assim...

terça-feira, janeiro 16, 2007

Ontem, quando estava indo na esquina de casa comprar uma Coca-Cola Zero, pensei que definitivamente ia conseguir um atestado de xarope quando vi um coelho cinza atrás das grades da casa de um vizinho. Parei e fiquei olhando abismada o animal que estava sentado e não se mexia. Pensei ¨danou-se: tenho lido demais e sobrecarregado minha imaginação¨. Fitei o coelho até ver que sim, era um animal vivo. Voltei pra casa tirando o maior sarro do guardião do vizinho.
Hoje abro a porta dos fundos de casa e quem estava lá me olhando sério no quintal? O mesmo coelho! Nossa pastor alemã, que late até pros passarinhos, nem percebeu a novidade e então eu logo voltei a pensar que minha imaginação estava me pregando mesmo uma peça. Quando estava chegando perto, rezando pro bicho não ser imaginário, sinto a vizinha me chamando na porta de casa. Ela me perguntou se eu não teria visto o coelho no meu quintal e me disse que achava que os donos eram um monte de crianças da vizinhança. O marido dela inclusive viu ontem à noite o jogo do Boca Jrs comendo bolacha com o coelho no colo. Foi então que esse homem apareceu e me pediu se podia pegar o coelho e levar na tal da casa da criançada. Quando ele entrou no quintal foi imediatamente reconhecido pelo coelho que veio correndo em direção a ele.
Final feliz: o coelho era mesmo das tais crianças, Connie - a coelha - tinha escapado ontem de casa e sobreviveu aos carros, aos gatos e à besta da minha cachorra. Ponto para a minha imaginação...

Esta Coca-Cola aí do lado é o novo lançamento da marca aqui na Argentina (será que no Brasil também?). Um desconhecedor de l'eau du cocacole não vai poder distinguir entre Light e Zero (o gosto se não me engano é da antiga Coca-Cola Light ). Alguém sabe qual é a diferença entre a Zero e a Light? As duas vão coexistir? Todas desentopem ralos?

A cerimônia dos Golden Globe Awards antecipa: o Oscar desse ano não vai ser grande coisa!

Como assim melhor filme em língua estrangeira, vence um dirigido pelo Clint Eastwood?
Achei que tinha entendido mal, afinal ontem em San Juan o cabo transmitia os Golden Globe pelo canal Warner, a imagem era uma beleza mas o áudio era de um canal de notícias local...

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Nesse fim de semana também assisti ¨Alfie, o sedutor¨ versão Jude Law (me pergunto como será a versão original com Michael Caine de 1966) com excelente trilha sonora de Mick Jagger, Dave Stewart e John Powell.
Acabei pegando o filme na tv, lendo a sinopse do filme quando estreou no cinema, achei que seria um filme pra lá de idiota. Afinal nem toda mulher se deixa ser pisoteada por um conquistador. Mas o filme não é bobo e à medida que Alfie prossegue em suas confissões ao espectador o tom começa a ser tão cínico que passa a ser interessante. O filme deixa de ser uma comédia romântica e passa a ser um drama.
O filme deixa uma lição um tanto moralista mas não deixa de ser uma boa sessão da tarde.
No ano passado, fazendo zapping, vi um pedacinho de um filme onde aparecia o Rodrigo Santoro num filme cheio de estrelas de Hollywood. Fui olhar na revista da programação o nome do filme. Era ¨Simplesmente Amor¨. Parei de ver porque ia perder a graça mas fiquei com vontade de alugar o dvd. Coisa que fiz este fim de semana. O filme, dirigido e escrito por Richard Curtis, é uma comédia romântica das mais fofuchas.

Sendo basicamente um conto de natal, o filme gira em torno de histórias de amor, todas muito bem escritas mesmo que algumas um tanto exageradas. O novo Primeiro-Ministro inglês (Hugh Grant) se apaixona por uma de suas funcionárias (Martine McCutcheon). Um escritor (Colin Firth) se refugia no sul da França para curar seu coração e acaba encontrando o amor. A mulher muito bem casada (Emma Thompson) suspeita que seu marido (Alan Rickman) a está traindo. A recém-casada (Keira Knightley) suspeita dos sentimentos do melhor amigo do marido (Andrew Lincoln). Um menino (Thomas Sangster) deseja chamar a atenção da garota mais inatingível da escola. Um viúvo (Liam Neeson) tenta se relacionar com o enteado (Thomas Sangster) que mal conhece. A americana (Laura Linney) há muito tempo espera uma chance de sair com o colega de trabalho (Rodrigo Santoro) por quem é perdida e silenciosamente apaixonada. E, assim, o amor vai transformando a vida de todos os personagens dessa comédia romântica em um caos total. São vidas e amores de londrinos que colidem e se misturam.

Eu destacaria as cenas de Bill Nighy (o Davy Jones de ¨Piratas do Caribe¨) que está hilariante como Billy Mack, um antigo astro do rock inglês, demente como Iggy Pop e com os trejeitos do Rod Stewart.
Um filme leve e adorável...

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Ontem li ¨Música para camaleões¨ do Truman Capote.

O livro saiu no começo dos anos 80 e o relato que dá título ao livro ocorre na Martinica e registra a conversa com uma dama cuja frieza contrasta com o ambiente que a cerca.

Em ¨Uma criança linda¨, o autor recorda o encontro com a inteligente Marilyn Monroe durante o velório da atriz inglesa Constance Collier. Em ¨Um dia de trabalho¨, acompanha sua faxineira em uma tarde de limpeza pelas casas de outros patrões em Nova York. O relato mais longo é a novela
¨Caixões entalhados à mão¨ em que narra a investigação de uma série de assassinatos em uma cidade do interior.

As histórias curtas caminham profunda mas levemente, como a que mostra a ruína do casamento, ¨Mojave¨, ou aquela que caminha pelo charlatanismo para chegar à confissão sexual, 'O Fulgor'.
Uma jóia!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Se tinha filme que eu não dava nada era o primeiro ¨Bridget Jones¨. Até o dia que peguei meu marido vendo esse filme na tv... morrendo de rir! Também me diverti mas não cheguei ao ponto de ir no cinema pra ver a ¨parte 2¨: The Edge of Reason. De novo, peguei bem no comecinho, na tv a cabo.
Decepção: Bridget Jones agora é uma baleia enorme e 3 vezes mais abobalhada. O filme começa onde terminou o primeiro: a ex-solteirona Bridget está curtindo a sexta semana de namoro com o cara perfeito, Mark Darcy. Só que, como a protagonista nunca está muito satisfeita, começa a encontrar defeitos no advogado. Sempre falando pelos cotovelos, Bridget também não consegue lidar com os amigos esnobes de Mark e, para piorar, ainda há uma bela jovem de 22 anos, a nova assistente de Mark que parece ter interesses que extrapolam os profissionais. Quando Bridget termina tudo com o namorado por conta das incompatibilidades, eis que volta à cena o cafajeste Daniel Cleaver (Hugh Grant), que está louco para colocar suas mãos nas calcinhas gigantes de Bridget. Uma viagem a trabalho para a Tailândia seria a desculpa ideal para isso se um incidente com drogas não colocasse nossa heroína na prisão, mostrando que, para ela, pouca tragédia é bobagem.Tudo muito exagerado mas o filme tem algumas partes engraçadas. Uma sessão da tarde fraca.

A primeira sessão de cinema de 2007 foi ¨Casino Royale¨, o novo filme do James Bond. Confesso, fui morrendo de medo, achava o Pierce Brosnan o James Bond mais lindo de todos mesmo que os últimos filmes da série tenham sido realmente fracos. Isso sem contar que li em algum lugar que Daniel Craig (o novo Bond) pediu pra ter romance homossexual na próxima sequência (se isso acontecer me recuso a assistir, basta de Brokeback Mountain!).
O enredo é mais ou menos o seguinte: A 1ª missão de James Bond como agente 007 o leva a Madagascar. Sua tarefa é espionar o terrorista Mollaka, mas nem tudo sai como o planejado. Bond decide espionar por conta própria o restante da célula terrorista, o que o leva às Bahamas. Lá ele conhece Alex Dimitrios e sua namorada Solange. Alex está envolvido com Le Chiffre, o banqueiro de organizações terroristas espalhadas pelo planeta, que pretende conseguir dinheiro em um jogo de pôquer milionário em Montenegro, no Cassino Royale. O MI6 envia Bond para jogar contra Le Chiffre, sabendo que caso Le Chiffre perca a partida isto desmontará sua organização. Mas para esta tarefa o agente 007 terá a companhia da sedutora Vesper Lynd (Eva Green, linda como sempre), enviada por M para acompanhá-lo na missão.
¨Casino Royale¨ me surpreendeu, o comecinho (antes dos créditos) é o pior de todos mas achei um bom filme de ação (se bem que o começo com as perseguições aceleradas chega a encher o saco, era como assistir um vinil rodando a 78 RPM), me diverti (quase suspirei, haha) com o 007 frio, calculista, rebelde (mas duvido que o personagem seja assim nos livros do Ian Fleming) e ... pasmem... muito sexy!(tá, eu sei que ele é a cara do Al Bundy nas fotos - só que mais moço e carnes muito firmes - mas as meninas vão concordar comigo se assistirem o filme).

COURTNEY QUER PARAR DE BEBER E FUMAR

Não!Não!Mil vezes não!
Courtney totally careta? Por favor, NÃO!

terça-feira, janeiro 09, 2007

Por uma letra!

Dia 31 de dezembro, Reveillón na casa do sócio do meu marido. Apenas chego e vem a filha dele, 4 anos, correndo aos gritos:
- ¨Fer! Mi mamá tiene SIDA! Mi mamá tiene SIDA!¨
- ¨¿Qué?¨
- ¨Mi mamá tiene SIIIIIIIIIDAAAAAAAA!!!"
Chega o vovô e exclama:
- ¨Se dice SIDRA!!!SIDRA!!!¨

Ah...agora sim! :p

(PS: Sida= Aids, em espanhol...)
Amiguinhos:

Este blog está meio paradão devido a falta de conexão caseira de internet justamente uns dias antes do Natal. Pra não ficar insuportável e me sobra tempo pra ler sem internet em casa tenho me dedicado, como é frequente nesta época do ano, a comer e a ler.

As comidas: churrasco, panetone, algum ¨heladito¨, um teco de turrón (só um pouco afinal posso muito bem viver sem comer doces), um monte de frutas (especialmente ameixas, melões e melancias), milho, saladas de tudo o que é comestível e frango (preparado de diversas formas). Resumindo: a dieta dançou...

Os livros:

Depois da paixonite pela Carson McCullers li a autobiografia ¨Iluminación y fulgor nocturno¨, interessante mas morri de dó. A autobiografia inclui um epistolário que a autora manteve com seu marido durante a Segunda Guerra Mundial, e essa é a parte mais sacal do livro. Só para fãs muito fãs!

Li também ¨O diamante do tamanho do Ritz e outros contos¨ do Francis Scott Fitzgerald. O conto que dá título ao livro é sensacional. Comprem, custa ao redor de 6 reais na edição da L&PM Pocket Plus!

Um dia passeando na livraria local favorita vi o 2º livro escrito pelo autor argentino Ricardo Coler (o primeiro se chamou ¨El Reino de las Mujeres¨). O título do novo livro é ¨Ser una Diosa: una mujer divina el na Tierra¨ e conta a peregrinação do autor pelo Nepal atrás de uma entrevista com uma Deusa viva. O livro é legal e a Deusa medíocre...

Estreei 2007 lendo ¨Las Zarinas:poderosas y depravadas¨ de Henri Troyat.O livro narra a história das czarinas que sucederam o reinado de Pedro, o Grande na Rússia. Catarina I, Ana Ivánovna, Ana Leopóldovna, Isabel I: todas mulheres gordas, caprichosas, violentas, libertinas. Umas mais espertas do que outras. Gostei mas não tanto, ainda bem que paguei 2 dólares pelo livro.

Lendo o suplemento cultural do jornal argentino Clarín sobre o novo filme do Brian De Palma , ¨A Dália Negra¨ me interessei muito pelo autor do livro, James Ellroy. Nessas, dei de cara com outro livro do autor em oferta numa livraria local, ¨Destino: La Morgue¨ por 6 pesos. Comprei. O livro é muito irregular, achei umas coisas muito chatas e outras sensacionais. Sobretudo ¨Graves dudas¨ e ¨Stephanie¨ mas não deu vontade de ler mais.

Depois, precisando de um livro leve e que me fizesse rir, li ¨Sushi para principiantes¨ da Marian Keyes. Os livros dessa autora seguem todos a mesma fórmula mas ela tem tiradas hilariantes, divertido como todos e nada mais.

Por último li o presente que os Reis Magos me trouxeram, ¨Las francesas no engordan¨ da autora francesa Mireille Guiliano. Eu bem que desconfiava que o segredo é comer pouquinho mas se eu tivesse que comer os pratos que ela nos descreve eu emagreceria muito facilmente, afinal os pratos são quase todos à base de SOPA, maçã, pêra, peixe, coisas doces e iogurte: alimentos que eu odeio! Livro escrito sobretudo para as baleias norte-americanas.
Cartão de Natal mais fofo que eu recebi em 2006.
(Autor: Santiago, 4 anos)
 


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