Quase Nada Sobre Quase Tudo

sábado, abril 28, 2007

Meu interesse em ciências econômicas é o mesmo que, digamos, em matemática: ZERO.

Feita essa aclaração, digo que minha decisão de ler ¨Freakonomics¨ foi o subtítulo em espanhol do livro ¨um economista politicamente incorreto explora o lado oculto daquilo que nos afeta¨. O livro foi escrito por um economista , Steven D. Levitt e um articulista do The New York Times, Stephen J. Dubner.

O economista é bem chegado em estatísticas e formula várias perguntas que em princípio parecem não ter uma resposta. Perguntas do tipo: Por que a delinquência nos EUA diminuiu nos anos 90? A profissão ou o dinheiro influi na honra de um ser humano? Quais são os fatores que influem na vida escolar das crianças? Por que as estruturas empresariais do McDonald's se parecem tanto às vendas do tráfico de crack em Detroit? O nome influi no destino de uma pessoa? e coisas assim...

Na introdução explica-se como os valores morais poderiam ser definidos como a maneira como as pessoas gostariam que o mundo funcionasse e que a economia mostra na realidade como essas coisas funcionam. Um discurso economista se centra na explicação dos incentivos que levam as pessoas a agirem de uma determinada forma e como conseguir alterá-los, como mudar o mundo de maneira real.

Gostei muito da parte que fala sobre a diminuição do crime nos EUA: o discurso moralista da mídia que atribui a diminuição a fatores como a unidade familiar e o aumento de policiais nas ruas x uma análise mais profunda com os dados estatísticos. O capítulo sobre a Klu Klux Khan ilustra de forma genial a assimetria da informação.

Enfim, Levitt e Dubner tentam explicar o «funcionamiento interno» de alguns aspectos econômicos e os impulsos humanos mediante a análise de dados cotidianos.

Levitt publicou os resultados em diversos artigos em revistas ¨sérias" e em princípio eu não desconfiei muito dos resultados. Mas, se eu fosse economista tentaria também avaliar os cálculos e a metodologia dos estudos mais a fundo antes de considerá-los válidos.

Também acho interessante que ele siga discutindo o livro no blog www.freakonomics.com/blog

Inclusive a versão em pocket editada em espanhol, também inclui alguns comentários do blog e artigos publicados pelo The New York Times Magazine.
Uma boa, as vezes divertidíssima, e interessante leitura.

quinta-feira, abril 26, 2007

... e então num belo começo de noite seu amado marido pega e diz ¨nossa, a gente podia ir no cinema ver ¨Pathfinder¨! Sim, casamento tem dessas coisas. E por isso as 9 da noite de ontem estava eu entrando no cinema pra assistir esse raio de filme que aqui foi traduzido como ¨Conquistadores¨. Com o comentário esperançoso de ¨es sobre la historia de los vikingos y debe estar buenísimo!¨ me deixei levar... oh céus!

O enredo é assim: um garotinho viking sobrevivente de um naufrágio é encontrado por uma indígena que resolve adotá-lo. O menino cresce com os índios e, 15 anos depois, ele tem que enfrentar uma horda de vikings. Em outras palavras: a luta com si próprio (ele mesmo um viking e índio). No meio do pega pra capá, é claro que não poderia faltar o lance sentimentalóide nesse filme, ele se apaixona por uma indiazinha e por causa dela se complica ainda mais. ¨Conan, o bárbaro¨ comparado com o protagonista é uma mocinha frágil e indefesa!

Apesar dos atores ruins não vou dizer que o filme é mal feito porque não é mesmo (parece até ¨Apocalypto¨), mas está longe, muito longe de estar ¨buenísimo"...
Eu me obrigo a ler pelo menos 1 livro em inglês por mês, essa foi a vez de um título da autora irlandesa Marian Keyes.

No começo foi muito estranho, acho que nunca tinha lido nem ouvido as gírias que os irlandeses costumam usar, eejit por exemplo, me fez sentar a bunda na frente do computador e procurar na internet o que significava exatamente já que o meu dicionário Oxford também não sabia. Bom, eejit quer dizer idiot, parece que pra eles o som entre ambas palavras é igualzinho...

O livro em si é uma compilação de textos sobre variados temas não muito profundos mas bastante divertidos (exceto o texto sobre alcoolismo).

Gosto da autora, não me envergonho e até recomendo sua leitura às pessoas bem humoradas e/ou sarcásticas.

terça-feira, abril 24, 2007

Acabei de ler uma notícia no site da BBC que me deixou horrorizada e me fez lembrar do filme ¨I, Robot¨, vejam só:

¨O documento Robo-rights: Utopian Dream or Rise of the Machines? (Direitos dos Robôs: Sonho Utópico ou a Ascensão das Máquinas?), publicado em dezembro, servirá de base para um debate público sobre inteligência artificial no Museu da Ciência de Londres, nesta semana.

O estudo do governo britânico dizia que no caso do desenvolvimento de inteligência artificial as máquinas deveriam ter direitos como seres humanos.

Os chamados robôs autônomos podem tomar decisões sem intervenção humana. Eles já vêm sendo usados para fins militares, e têm também o potencial de serem utilizados em diversas áreas, como a indústria do sexo, trabalhos domésticos e na polícia.

“Se receberem direitos completos, os países serão obrigados a oferecer benefícios sociais para eles, incluindo ajuda de custo, moradia e possivelmente atendimento de saúde para concertar as máquinas ao longo do tempo”, diz o estudo.

Para o professor Alan Winfield, da University of West England, “o problema mais urgente e sério é até que ponto a sociedade está preparada para confiar em robôs autônomos e ter confiança nas outras pessoas que cuidam desses robôs”.O potencial uso das máquinas autônomas para cuidar de idosos também pode ser problemático, de acordo com Winfield. Ele disse que prevê um futuro onde “é muito mais barato largar vários velhos em um grande hospital, onde máquinas tomam conta deles".

A fabricante Samsung, por exemplo, desenvolveu um vigia robótico para patrulhar a fronteira entre as Coréias do Norte e do Sul. O robô é equipado com duas câmeras e uma metralhadora. Se um robô autônomo mata alguém, de quem é a culpa?¨

Eu não sei vocês, mas eu não vou querer viver nesse mundo!
Não sei se aí no Brasil passaram o filme ¨Paris, Je T´aime¨ mas aqui na Argentina as críticas dos jornais foram, em geral, muito boas. Aqui em San Juan eu só consegui assistir uma versão pirata em DVD (na mesma locadora que tem um monte de filmes piratas e responsável pela denúncia de filmes piratas em outra grande locadora local...).

Usualmente os filmes que são várias historinhas, vários atores e diretores sempre chamam a minha atenção (que nem ¨Short Cuts¨ do Altman, sabe?), e lá fui eu, de volta pra casa toda feliz - quase saltitante - com o filme prometedor, cheio de histórias, no lindo cenário que é Paris!

Nhé, leitores... que filme mais irregular! Várias histórias são um porre e não se salvou nem o episódio do Walter Salles.

Dos 18 episódios ou curtas eu gostei:

- Irmãos Coen: Steve Bucemi topando com uns parisienses birutas no metrô de Paris.
- Tom Tykwer: O diretor de ¨Corra Lola Corra¨dirigiu uma história legalzinha com Natalie Portman de protagonista.
- Gerard Depardieu: com os ótimos Genna Rowlands e Ben Gazzara.
- Oliver Schmitz: Uma história boa e bem triste sobre um músico de rua.
- Isabel Coixet: pra mim, o melhor curta de todos, uma história de amor comovente com os atores Sergio Castellito e Miranda Richardson. Um homem pensa em divorciar-se de sua mulher no mesmo momento em que ela descobre que sofre de uma doença terminal.

As que eu mais odiei foram:

- Vicenzo Natali: com Elijah Frodo Wood como protagonista de uma história idiota de vampiros.
- Nobuhiro Suwa: não salva o curta nem a Juliette Binoche ou o Willem Dafoe.
- O curta sobre dois mímicos é muito, MUITO IRRITANTE!

A piada mais surrealista que eu vi num filme nos últimos anos foi aquela contada no curta dirigido por Alexander Payne. A protagonista, uma madura e solitária mulher, viaja a Paris, e com seu frnacês capenga confunde tudo: nesse desvario ela se emociona no cemitério Père Lachaise diante do túmulo de Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir, a quem, por erro de pronunciação, confunde com Simón Bolívar: «Sartre e Bolívar se amaram tanto que hoje descansam juntos em paz».

Apesar da irregularidade do filme, não me arrependi de ter assistido porque os curtas bons compensam o resto.

quinta-feira, abril 19, 2007

Ontem terminei de ler ¨Um Mundo Roto¨(A Patchwork Planet, no original)
da Anne Tyler.
O livro conta a história de Barnaby Gaitlin, um loser de carteirinha, que tenta encontrar o quê há de errado com a sua vida. No caminho ele descobre que o amor pode transformar a vida de uma pessoa para sempre.

Barnaby trabalha numa empresa onde ele ajuda, a qualquer hora ou dia, seus clientes, geralmente idosos, nas tarefas mais triviais, como, por exemplo, montar árvores de Natal e coisas afins...

Um retrato da velhice tristemente maravilhoso.

Fiquei grudada no livro, uma delícia!

terça-feira, abril 17, 2007

No fim de semana li ¨Platero y Yo¨ de Juan Ramón Jiménez.

Trata-se de uma elegia em prosa em que o poeta descreve o ambiente e a vida da gente simples da sua pequena aldeia andaluza, e também a afeição que o une ao burro Platero, que umas vezes lhe serve de confidente, e outras é o verdadeiro sujeito da ação. Ambos percorrem a aldeia e os campos ao redor, trocando impressões e imaginando aventuras, ou cruzando-se com alguns dos seus conterrâneos.
Para amantes de animais ou da boa poesia e prosa o livro chega ao coração do leitor.

quinta-feira, abril 12, 2007

Comprei este livro numa excelente oferta porque foi a história que inspirou o filme que eu gostei bastante ¨Amor Eterno¨(com o diretor e a atriz de ¨O fabuloso destino de Amélie Poulain¨).

Que eu me lembre o filme parece ter menos intrigas que o livro.
O livro conta como a jovem Mathilde procura pelo noivo que foi enviado para lutar durante a I Guerra Mundial e que segundo ela foi informada, acabou condenado à morte pelo conselho de guerra por ter se automutilado. Mathilde não perde as esperanças até o fim, e luta para reencontrar o seu amado vivo ou morto.

O que deixa a desejar é a tradução. Algumas frases até perdem o sentido como, por exemplo, “ as amizades que começam mal são as mais infectantes”.

Li na internet que o autor do livro usou episódios reais da I Guerra Mundial que foram contados pelo seu avô.
Perturbador... gostei bastante.

terça-feira, abril 10, 2007

¨Um baiano: um coco, dois baianos: dois cocos, três baianos: uma cocada, quatro baianos: uma baianada..."

Ontem à tarde, pelo canal a cabo Cinemax, assisti o documentário sobre a volta dos Doces Bárbaros em dezembro de 2002. Mais de 100.000 pessoas lotaram a Praia de Copacabana. O filme mostra esse evento e seus bastidores, dirigido por Andrucha Waddington.
Uma delícia escutar a baianada falando português naquela moleza ... ó, eu deveria ter gravado só pra escutar português na hora das saudades.
Sim, eu sabia que não podia esperar muito do filme "Rocky Balboa" mas é muito, muito hilariante! Fazia tempo que eu não ria tanto dos diálogos de um filme... Que sorte que vai ter Rambo 4!
PS: Stallone nunca foi muito expressivo mas agora está um monstro cheio de botox sem expressão, um pouco mais e ele ganha do Michael Jackson!

sábado, abril 07, 2007


¨Las Aventuras de Miles e Isabel¨ conta os encontros e desencontros de Miles, que levita mas sonha com voar e Isabel, primeira mulher australiana que se atreve a subir, aos sete anos, a um balão e que sonha com uma vida muito diferente aos padrões de sua época.

Uma história de amor de vaudeville.

Gostei.

quinta-feira, abril 05, 2007

Acabei de ler ¨Birthday Stories¨que, como o título sugere, traz 13 excelentes contos sobre o tema aniversário (na verdade este livro foi um presente da minha irmã pelo meu 32º aniversário), escritos por autores recentes de diversas procedências, todos selecionados e com introdução daquele que é, sem dúvida, um dos meus autores favoritos: Haruki Murakami, quem contribuiu com o lindo conto ¨Birthday Girl¨.

Meus favoritos do livro foram: "The Moor" de Russell Banks, "The Birthday Cake" de Daniel Lyons, "Turning" de Lynda Sexson, mas todos os 13 são especiais...
Recomendo!
Ontem assisti ¨Apocalypto¨ a saga maia, versão Mel Gibson.

O filme é estrelado por um ator de nome Rudy Youngblood que é simplesmente igual ao Ronaldinho Gaúcho (só que um pouco melhorado) e as cenas de perseguição fazem lembrar as propagandas estreladas pelo próprio, vale dizer cheias de micagem, da Nike.

O filme é uma enoooooooorme besteira e podia trazer Leonardo di Caprio, Forrest Gump, Lola (personagem de ¨Corra Lola, Corra¨), um australopiteco, o Próprio Mel Gibson no papel principal, afinal o filme, que foi vendido dizendo mostrar o declínio do império Maia, de fato apenas serve de pano de fundo para contar a história de um jovem que, após ser capturado, só pensa em fugir e reencontrar a família.

Depois de quase uma hora de exibição, aí sim somos apresentados à uma cidade Maia que está em decadência.

O filme foi todo falado em maia mas o esforço nem se nota, podia ser muito bem falado em inglês porque o filme é muito hollywoodiano!
A civilização maia, que dominou o México e a América Central entre 1.500 a.C. e o século 16 d.C. teve ignorada no filme sua rica cultura que aperfeiçoou habilidades em planejamento urbano, matemática, arte, astronomia, agricultura e em sistemas de escrita, e o diretor optou por mostrar os maias como apenas um "povo bárbaro" e retratar com riqueza de detalhes as roupas, as armas e os objetos artesanais - incluindo acessórios, pinturas e cicatrizes nos corpos.

A trama é entremeada por cenas sangrentas e muito violentas, que se sucedem durante as mais de duas horas de projecção. No final estava torcendo pra aparecerem logo os espanhóis pra porem ordem na casa!

Em resumo se você está se lixando para a civilização maia, seu declínio e pra visão do Mel Gibson, vá ver ¨Apocalypto¨ - o filme tem boas cenas de ação...

quarta-feira, abril 04, 2007

"Todo en mi vida se reduce a una única cosa: no sólo recibir amor, sino la desesperada necesidad de darlo".
(Audrey Hepburn)

Li ¨Audrey Hepburn: la biografia¨ escrita por Donald Spoto. Eu não sabia nada sobre a vida dessa talentosa atriz e a leitura me impressionou muito. O livro mostra como Audrey sobreviveu à ocupação alemã na Holanda durante a II Guerra Mundial e como isso arruinou seus sonhos de ser bailarina, como ela chegou a ser atriz, seus fracassos sentimentais e sua velhice sendo embaixadora da Unicef.

Uma pessoa admirável, livro bem documentado e imperdível para fãs.

terça-feira, abril 03, 2007

Ontem fui ao cinema assistir ¨300¨. Depois de ¨Sin City¨ eu já estava preparada até pra ver mais violência do que a mostrada no filme.

O enredo: em 480 a.C. o persa Xerxes (Rodrigo Santoro cheio de piercings), envia seu exército para conquistar a Grécia. O filme narra a batalha de 300 soldados espartanos - guiados pelo rei Leônidas - contra uma incontável horda de persas nas Termópilas ,uma estéril garganta no meio da Grécia, que no filme, é um corredor que Leônidas escolhe para barrar o avanço do Império Persa.

Por causa do filme os iranianos estão ofendidíssimos e Javad Shamaqdari, conselheiro cultural do presidente Mahmoud Ahmadinejad, disse que ‘300’ “saqueia o passado histórico do Irã e insulta a sua civilização”.

O que os iranianos não sabem é que ¨300¨ é não é mais do que um comic do Frank Miller e o rigor histórico é o de menos!

Não se engane: se estiver pensando em ver o filme pelo lado histórico da batalha das Termópilas, esqueça! O filme exagera em tudo: os espartanos são mostrados enormes e com o físico perfeito (quando na realidade a média de altura dos espartanos variava de 1,58 m a 1,61 m), o que me distraiu muito durante as batalhas: eu imaginava eles tomando Gatorade depois da luta e Red Bull antes dos enfrentamentos.
Xerxes é mostrado como um gigante com um baita vozeirão e aparecem elefantes e rinocerontes de guerra. A rigor, os ocidentais só veriam animais assim tão exóticos quando Alexandre da Macedônia conquistou os domínios persas por volta de um século depois.

Os primeiros minutos do filme parecem uma propaganda de perfume (sobretudo a parte do Oráculo) mas ¨300¨ termina sendo um bom entretenimento. Não que eu queira ver de novo...

domingo, abril 01, 2007

Li hoje o novo livro do Paul Auster ¨Viajes no Scriptorium¨, que está entre os mais vendidos de ficção aqui na Argentina.

O enredo é assim: fechado num pequeno quarto e vigiado o tempo todo por câmeras e microfones, um homem idoso busca reconstituir sua memória. Ele não sabe onde está e nem o que faz ali.

Todos os dias, recebe a visitas variadas e aos poucos, descobre que no passado foi alguém com o poder de enviar pessoas a missões difíceis e perigosas. Sobre a escrivaninha do quarto o homem encontra um manuscrito inacabado e assim o protagonista sai de sua letargia ao imaginar uma continuação para o tal manuscrito.
Mr. Blank, o tal do homem idoso sem noção, seria o próprio Auster, que se vê finalmente encurralado pelo poder de sua prosa. Seus personagens cobram dele os infortúnios que viveram. O livro tem mais graça para os ¨Auster freaks¨ porque muitas das visitas que passam pelo quarto de Mr Blank, são personagens de livros de Auster (por exemplo na internet li que Daniel Quinn, Peter Stillman, Fanshawe e Sophie são da ¨Trilogia de Nova York¨, Anna Blume ¨No país das últimas coisas¨, Benjamin Sachs do ¨Leviatã¨, David Zimmer do ¨O livro das ilusões¨, John Trause da ¨Noite do oráculo¨ e Marco Fogg do ¨Palácio da Lua¨ - livros que não li). Auster disse que não é necessário que o leitor conheça esses outros romances, mas que a visão de quem os leu com certeza será diferente ao abordar ¨Viagens no Scriptorium¨.

Enfim, esse foi o segundo livro que li do Paul Auster (o primeiro foi ¨Desvarios no Brooklyn¨), achei superficial e nada original. Gostei mais dos filmes dele.
Não recomendo...
 


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