Quase Nada Sobre Quase Tudo

quarta-feira, agosto 30, 2006

Fim de semana passado assisti ¨El sabor del té¨ (em inglês ¨Taste of Tea¨), filme japonês (¨Cha no aji¨) dirigido por Katsuhiro Ishii.
A família Haruno mora numa casa rodeada de uma paisagem linda nos arredores de Tóquio. Sachiko (Maya Banno,a molequinha linda da foto acima), tenta escapar de uma gêmea gigante que só ela vê. Hakime (Takahiro Sato), seu irmão adolescente, está fascinado com uma jovem companheira de escola, com quem não consegue se relacionar devido à timidez. A mãe, Yoshiko (Satomi Tezuka), se esforça para terminar dois minutos de um animé que poderá levá-la devolta ao mercado de trabalho enquanto seu esposo Nobuo (Tomokazu Miura) trabalha como hipnotizador. O tio (Tadanobu Asano, o mesmo de Zatoichi) deixou o trabalho na cidade uns dias, e o outro tio, reconhecido artista de mangá, é o mais excêntrico de todos, de rachar o bico.
Ishii disse numa entrevista que no filme cada um luta com seus próprios problemas, que não são questão de vida ou morte, mas são confusos, passageiros e que com o tempo finalmente se resolvem como névoa na primavera.
A curiosidade final é que Ishii é o autor do animé que aparecia em Kill Bill.
Recomendo...

sábado, agosto 26, 2006

'Você naturalmente sabe que chamar a atenção não é de bom-tom e dá sempre uma im­pressão muito má da mulher. Seja pela roupa escandalosa, pelo pen­teado exótico, pelo andar, pelos modos, pela risada grosseira, seja, enfim, de que maneira for a mu­lher que chama a atenção sobre a sua pessoa o único troféu que merece é a vulgaridade'.

Acabei de ler Correio Feminino, livro que reúne textos da escritora Clarice Lispector produzidos para colunas e suplementos femininos durante os anos 50 e 60. O livro é caro (R$ 42,50...obrigada mamãe!) como todos os livros editados no Brasil mas a edição cor-de-rosinha está muito bem cuidada.

O livro me surpreendeu primeiro porque eu não tinha nem idéia que Clarice Lispector tivesse sido ghost writer de conselhos femininos muitas vezes hilariantes. Lendo o prefácio da organizadora Aparecida Maria Nunes soube que a autora preocupava-se com a preparação de suas colunas femininas, buscando detalhes em todas as fontes de pesquisa. Clarice mapeou todas as preocupações femininas, desde o cuidado com a casa, marido e filhos até dicas de moda, atitude, maquiagem, comportamento.

Correio feminino é dividido em cinco blocos: “Um retrato de mulher”, “Saber viver nos dias que correm”, “Retoques do destino”, “Aulas de sedução” e “Entre mulheres”. Neste último, o leitor encontra ainda contos inéditos em livro, publicados pela revista feminina paulista Mais, na década de 70. Apesar da aparente baboseira da superfície, a maioria dos textos traz a náusea que caracteriza a obra clariciana intacta.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Os cientistas Robert Kaplan e Richard Kronick, da Universidade da Califórnia (EUA), analisaram estatísticas de mortalidade e dados sobre a qualidade de vida de 67 mil pessoas, entre casadas, viúvas, separadas, as que tinham parceiros sem ser uma relação formal e as que nunca trocaram alianças com alguém.
O resultado é que os solteiros convictos estão 58% mais ameaçados de morte em comparação aos demais. Trabalhos anteriores já tinham demonstrado que, quando a união é equilibrada e feliz, a estabilidade influencia positivamente a saúde e o bem-estar do casal. Mas muitas pesquisas eram amostras pequenas da população. Kaplan e Kronick decidiram ir mais a fundo na questão. Cruzaram os dados da pesquisa nacional de saúde americana feita em 1989 com a taxa de mortalidade de 1997 observada no mesmo grupo. Eles verificaram que o pior risco de morte estava entre os indivíduos que nunca se casaram, seguido dos viúvos (39% mais chances de morrer do que os casados) e separados (27%).
Em relação aos homens, dos 19 aos 44 anos, eles estão duas vezes mais propensos a morrer. Isso porque estão mais sujeitos a doenças infecciosas, morte por motivos externos (acidentes, por exemplo), por suicídios e homicídios. Já os que têm mais de 65 anos não apresentam diferenças significativas em relação aos casados. Ou seja, nesse caso o estado civil não interfere na probabilidade de o homem sucumbir a uma enfermidade, a mais provável causa de letalidade nessa fase.
Não foi isso que se notou entre as mulheres. As solteiras com idade superior a 65 têm maiores riscos de morte do que as que se casaram.
Seria razoável pensar que, afinal, os eternos solteiros têm liberdade para viver perigosamente. Os números, entretanto, não refletem isso. Quem não se casou apresenta uma ligeira tendência a permanecer mais magro do que os demais. Eles também se exercitam um pouco mais e bebem um pouco menos. O problema poderia ser a falta de bom acompanhamento médico. Dos grupos estudados, são os casados que contam mais com alguma assistência. Por tudo isso, os pesquisadores defendem que a solteirice convicta seja vista como um novo fator de risco.
Na interpretação de Kaplan e Kronick, a ameaça de morte que ronda os que jamais tiveram um parceiro chega a se rivalizar aos perigos da pressão alta ou do colesterol alterado. Talvez soe como exagero. Porém, um trabalho divulgado recentemente por epidemiologistas da Dinamarca reforça o aspecto protetor do casamento sobre a saúde. Segundo eles, mulheres com mais de 60 anos e homens com mais de 50 que vivem sós têm o dobro de chances de sofrer problemas cardíacos como angina e infarto. Após avaliar dados de 138 mil adultos entre 2000 e 2002, os médicos concluíram que a falta de convívio social dos solitários nesse período da vida não os predispõe a fazer visitas periódicas ao cardiologista. “Viver sozinho é um fator de risco que os médicos deveriam considerar”, declarou o pesquisador Kirsten Nielsen.

Há mais um estudo a sugerir que casar traz benefícios. Ao menos para pessoas que têm depressão. Ao analisar entrevistas de 3000 voluntários, entre eles não deprimidos, especialistas da Universidade de Ohio (EUA) se surpreenderam com o fato de os doentes reportarem mais efeitos psicológicos positivos com o matrimônio do que os indivíduos saudáveis. Eles descobriram que a união estável reduziu sintomas. Os pesquisadores acreditam que a intimidade e o suporte emocional ajudaram.
PS: Devem estar falando de casamentos bem sucedidos o que convenhamos não é o mais usual de se ver pela vida...
Fefis garante: casar só por casar não faz bem à saúde...NUNCA!
As vacas mugem com sotaque!
O professor John Wells, especialista em fonética, investigou o assunto depois que criadores de vacas leiteiras perceberam ligeiras diferenças nos "muuuus" das vacas de diferentes regiões em seu rebanho. ¨Eu passo muito tempo com as minhas vacas, e definitivamente elas mugem com um sotaque de Somerset¨, disse Lloyd Green, que tem uma fazenda em Glastonbury, no oeste da Inglaterra.¨Com cachorros, também é assim, quando mais próxima a relação do dono com os animais, mais fácil é pegarem o sotaque.¨ Wells afirma que também já foram identificados sotaques diferentes em passarinhos. Para o estudioso, o fenômeno pode ser resultado do contato com outros animais da região, não com humanos. Para Jeanine Treffers-Daller, professora de linguística da Universidade do Oeste da Inglaterra, em Bristol, o sotaque pode ser influenciado pelos parentes. ¨Quando aprendemos a falar, adotamos a variação local falada por nossos pais, logo, o mesmo pode ser dito sobre o mugir das vacas do oeste inglês.¨
PS: Vacas mineiras fazem ¨muuuuuuai¨?
E já que estamos falando de animais, li no site da BBC que as formigas da espécie Odontomachus bauri (conhecidas como formigas-de-estalo), mordem a uma velocidade de 100 km/h – ou 2,3 mil vezes mais rápido que um piscar de olho. Essas formigas usam a mandíbula para outros fins além de proferir mordidas com uma força 300 vezes maior que o peso do seu corpo: mordendo o chão, elas são capazes de se auto-arremessar para fugir de perigos iminentes. Além disso, o “efeito-pipoca” de várias formigas pulando ao mesmo tempo pode servir para confundir outros animais. Loki, não? As vezes me pego pensando concentradamente na perfeição da natureza...
Não encostei num livro durante toda a estadia da minha irmã na Argentina mas, antes dela vir (hehe), li ¨Interpretar a los animales¨ de Temple Grandin. A autora é autista mas tem a cabeça melhor do que muita gente com cromossomos ok. Ela tem formação científica e a sua história pessoal, a sua facilidade em ver as coisas mais simples, nos dão um belo exemplo. O livro é muito interessante e a autora expões observações inovadoras sobre os autistas e os animais com suas variadas formas de ver o mundo. Grandin diz que algumas pessoas autistas podem pensar como os animais e nos guia pelo seu mundo, explora a dor, o medo, a agressividade, o amor, a amizade, a comunicação e o aprendizado dos animais. Pra quem gosta de bicho é um prato cheio...

terça-feira, agosto 22, 2006

Chega de fofoca. Agora vamos torcer pra que minha irmã crie um blog contando a viagem...
(facturas)


(empanadas de humita, essa está queimadaça mas eu peguei a foto da internet, hehe)

Fotos das únicas novidades gastronômicas que minha irmã comia sem reclamar, ou seja, facturas e empanadas de humita. E eu nunca, nunca vou me esquecer que um dia minha irmã comeu umas 9 facturas de almoço...

Essa foto foi tirada em La Laja (que minha irmã chamava de La Lasca, hehe). Na foto outro momento onde ela afirmou histérica ¨não! eu não quero subir mais!", insisti, ela deu 3 passos e teve um momento inesquecível...
Pra ter essa vista de Zonda minha irmã subiu com a gente no mirador (são escadinhas e é b-i-c-o!). Foi quando ela descobriu que tem medo de altura. Puteou o caminho inteiro mas depois disse que valeu a pena...
Meu momento mais retardado. Quis tirar uma foto da minha irmã e do relógio na grama e tudo o que saiu do relógio foi... minha irmã, a grade e a grama.
Outra coisa engraçada foi o dia que um passarinho sanjuanino deu um barro no sobretudo da minha irmã em pleno Parque de Mayo. Ela ficou puta na hora mas depois me deixou tirar essa foto dela se limpando (teria ficado melhor se ela tivesse deixado eu tirar os dedos dela cheios de merda)...
(a coisa verde, ou seja, o chip)
Das coisas mais xaropes que eu escutei ao longo dos últimos meses destaco minha irmã em pleno Dique de Ullum exclamando ¨Olha!Encontrei um chip!", foi ver e obviamente era só um pedaço de vidro comum e assim foi como ela transformou nosso dique no Silicom Valley...


(no fundo, nosso Silicom Valley)

Chegamos em San Juan bem no feriado de San Martín. Ele topou tirar uma foto com minha irmã mostrando pra que lado foi a conquista...

Estes são alguns dos meus momentos Forrest Gump onde tive que olhar o mapa em Buenos Aires (para os engraçadinhos que conhecem meu sentido de direção informo que eu não preciso de mapas pra andar no centro de San Juan)...
Minha irmã conseguiu tirar uma foto com o Maradona na saída do estádio do Boca Jrs. A gente não imaginava que ele era tão alto...
Essa caricatura (minha irmã de óculos e eu) foi feita por um artista na Pasaje La Defensa em San Telmo, Buenos Aires. Minhas conclusões foram que eu não fiquei parecida (bom, a orelha ficou um xerox) e minha irmã até que ficou parecida. E lá se foram 20 pesos por essa eca...[rs]
Esse blog não morreu. Acontece que estive em Buenos Aires com minha irmã e depois trouxe a dita cuja pra ficar comigo uns dias em San Juan (nesse momento ela está no aeroporto de Buenos Aires esperando o vôo pra São Paulo). Esses posts serão minhas lembranças da viagem dela, hehe...

sexta-feira, agosto 04, 2006

¨Entre os chineses, o limão é o símbolo da morte”.
Acabei de ler ¨Um toque de limão¨ de Julian Barnes, autor que eu nunca tinha lido (mais um patrocínio de mamãe).
Contos sobre a velhice. Cheguei a ficar triste. Cheguei a cogitar em dar-me cabo antes de encher o saco de outras pessoas (logo passou...).
Não sei se a tradução está bem feita. Em alguns momentos achei o livro meio chato.
Os contos parecem dizer que a morte não é a única conseqüência principal da velhice, mas alguns sintomas ou pré-requisitos a antecipam e se tornam tão insuportáveis quanto a idéia mesma do desfecho. A impaciência, a solidão ou a loucura são alguns deles.
Em “Vigilância” fala de um amante da música e freqüentador assíduo de concertos que decide promover uma campanha feroz contra a tosse nas salas de espetáculo.
Em 'O cercado das frutas', um dos meus preferidos, um filho narra a história dos pais - a mulher octogenária que descobre que o marido, também na casa dos 80, tem uma amante de 65.
¨A história de Mats Israelson¨ é o conto de que eu mais gostei. Como as palavras erradas podem destruir toda uma vida.
Enfim, descobri hoje que o livro esgotou no Brasil. Suponho que isso seja um bom sinal.

quarta-feira, agosto 02, 2006


Hoje terminei de ler ¨Enfim, Juntos¨ mais um livro patrocinado pela minha mãe escrito por Anna Gavalda. Li o calhamaço de 524 páginas entre hoje e ontem.

Camille Fauque, a protagonista, é uma pintora que trabalha como faxineira. Vive num apartamento sem aquecedor no mesmo prédio que Philibert, um tímido apaixonado pela História da França, e Franck, cozinheiro arrogante e grosseiro que precisa visitar a avó doente às vezes. Os quatro, tão diferentes, se juntam no apartamento de Franck e Philibert, numa experiência que tem tudo para dar errado. O constrangimento é o primeiro obstáculo e a frieza humana permeia todo o livro. No fundo, os quatro enfrentam tipos diferentes de solidão, cada um no seu mundo de ansiedade e melancolia.

Gostei.
O crescente problema de obesidade entre os cidadãos dos Estados Unidos já fez alguns hospitais aumentarem o tamanho de suas camas para atender pacientes obesos. E as companhias aéreas estão desenvolvendo aviões com capacidade de carregar mais peso, porque os passageiros estão ficando maiores.
Mas o que me deixou espantada foi ler que os norte-americanos estão se tornando gordos demais até para caberem nas máquinas de raio-X e de ultra-som! Eles têm gordura demais para as ondas sonoras penetrarem. Segundo a pesquisa publicada na revista Radiology, o número de exames que falharam por conta da obesidade dos pacientes dobrou nos últimos 15 anos.
Segundo o governo dos Estados Unidos, 64% da população americana está acima do peso ideal.
Descartada possibilidade de vida em Marte!!!
Estou passada. As tempestades de pó que assolam Marte geram químicas corrosivas que caem sobre sua superfície em forma de neve e tornariam impossível a existência de vida no planeta, afirmam dois estudos publicados hoje pela revista Astrobiology.

O maior componente dessa neve seria o peróxido de hidrogênio, uma combinação química letal para qualquer tipo de vida, segundo afirmam. Sobre uma base de estudos na Terra, com experimentos e modelos teóricos, os cientistas afirmam que a eletricidade estática gerada pelas nuvens de pó que obscurecem o planeta durante meses seria o fator que produz substâncias químicas oxidantes.

Segundo um físico da Universidade da Califórnia, o peróxido acumulado há um bilhão de anos, quando Marte supostamente era um planeta seco e poeirento, chegaria a um nível que mataria qualquer tipo de vida "como conhecemos aqui na Terra". "Em geral, a intensa exposição a raios ultravioleta, as baixas temperaturas, a falta de água e os oxidantes do solo tornariam muito difícil a sobrevivência de qualquer tipo de micróbio" em Marte, afirmou o cientista.

O outro estudo demonstra que os oxidantes poderiam se formar e se concentrar de forma tão densa que chegariam à superfície como neve altamente contaminante. Esses superoxidantes não apenas destruiriam qualquer tipo de material orgânico como também acelerariam a difusão do metano na atmosfera.

A Nasa iniciou os preparativos para o envio de missões tripuladas a Marte nas próximas décadas. Nos últimos meses foram intensificados os estudos para determinar se existe algum ambiente em Marte que permita a permanência ao menos temporária do homem em sua superfície.
Li no site da BBC:

Agora os cientistas dizem que o consumo excessivo de água até prejudica a saúde.

O estudo realizado pelo Centro Superior de Investigações Científicas da Espanha e o Instituto de Medicina dos EUA indica que, em média, uma mulher deve ingerir diariamente uns 2,7 litros e um homem cerca de 3,7 litros. Mas nessa contagem entram todos os tipos de bebidas e até alimentos que contém água. O restante sobra. Para cada caso é preciso considerar a temperatura ambiente, o tipo de atividade diária e se há prática de exercícios físicos.

Os cientistas confirmam muitos dos conhecidos benefícios da água - fortalecimento de pele, unhas e cabelos porque hidrata e permite a eliminação de toxinas. Mas o estudo também alerta para o aumento dos casos de anorexia porque muitas pessoas estão ingerindo mais água em substituição a outros alimentos. A redução de sódio abaixo do limite provoca tremores, confusão, perda de memória e pode haver colapso e morte.

No processo de excesso de ingestão de água há uma reação anormal das células do cérebro. Como o líquido é mais do que o corpo está acostumado e necessita, os rins demoram mais tempo para filtrar. Até completar a absorção, as células se incham e podem levar a transtornos nervosos, coma e morte.

Nos casos de anorexia que atingem entre 0,5% e 1% das mulheres de 14 a 25 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde, há trastornos psíquicos, infecções graves, inflamações intestinais. A recomendação é de consumir água mais 45 nutrientes presentes em alimentos.

Quem tem problemas cardíacos também corre o risco sofrer edemas por beber água demais.

Os cientistas espanhóis e americanos usaram como exemplo a maratona de Boston de 2002 para confirmar o perigo do excesso de ingestão de água. Segundo o estudo, 488 atletas foram submetidos a um exame de sangue antes e depois da corrida. Dos que fizeram o teste e chegaram à meta à beira de um desmaio, cerca de 65% tinha baixo nível de sódio por ter bebido água demais.

Médicos e cientistas, entretanto, ressaltam que a falta de hidratação afeta o metabolismo. No caso de idosos, a porcentagem corporal cai até os 50% do peso e é responsável por problemas gastrointestinais, cardiovasculares, renais, ósseos, hematológicos e endocrinológicos.

Sobre a quantidade diária a beber, recomendam beber quando a sede aparecer.

Só faltava essa! Se meu alergista souber, aposto que ele me proibirá tomar água...

terça-feira, agosto 01, 2006

Essa mania do inferno que é olhar livros pela internet e me faz sofrer e paquerar títulos como:
  • KYOTO de Yasunari Kawabata (dos poucos livros que eu não tenho desse autor)
  • CORREIO FEMININO de Clarice Lispector (os textos da fase inicial da autora)

Também já encomendei com minha pequena Lilica que me traga uns LPM Pockets na sua passagem por terras argentinas.

Às vezes gostaria de ser como minha pastor alemã Dulce quem sem gastar um tostão é capaz de se distrair a manhã toda tentando matar uma mosca...

Ontem à noite terminei de ler a biografia sobre o relacionamento entre Simone De Beauvoir e Jean-Paul Sartre. O nome é ¨Tête-à-tête¨ e foi escrito por Hazel Rowley quem se nota que se matou pesquisando para escrever o livro.
Fiquei com a impressão de que Beauvoir amou Sartre a vida toda mas ele era um egoísta sádico que tinhas outras prioridades (amantes) . Não que ela não tivesse amantes (teve muitos) mas ela planejava a vida dela em função dos caprichos de Sartre. Fiquei até pensando que ela disperdiçou a chance de ser amada quando terminou sua relação com Nelson Algren graças ao seu relacionamento/acordo com Sartre.
Depois de 7 anos de relacionamento eles nem sequer tinham relações sexuais. O livro dá a sensação de que ser existencialista é ser um hippie loser só que com algum trocado no bolso. Beauvoir, que escreveu a bíblia do feminismo (¨O Segundo Sexo¨), vivia em função de uma pessoa (machista) que no final da vida sustentava antigas amantes, pois não respeitava ¨um homem que deixava sua mulher ao deus-dará¨. Isso em um tempo em que as feministas já estavam queimando sutiãs.
No fim parece que esse negócio de amor livre não funciona pra ninguém, muitos do círculo de Sartre morreram vítimas de mastigar bolinhas ou calmantes...
Mas o livro vai além da trivialidade dos casos amorosos. O leitor viaja na História - a Segunda Guerra, a liberação de Paris, a Guerra Fria e a da Argélia – e descobre muito de como os livros de Sartre e Simone foram produzidos. Simone, por exemplo, contou muito de sua vida pessoal nos seus romances, como o premiado "Os mandarins" (adorei esse livro), usando personagens fictícios. Sartre criou várias obras de teatro para manter atrizes que seduziu. Através da história amorosa, acompanhamos também a evolução intelectual dos dois, como o encanto e o desencanto de Sartre com os comunistas, no auge da Guerra Fria.
Não é a melhor biografia que eu já li na vida mas valeu a leitura.
Fidel Castro passou o mando pro irmão. Há tempos dizem que ele tem câncer. Que esse assassino e ladrão sofra e que arda no inferno (nessas horas eu torço pra que isso exista) por toda a eternidade.
 


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